26 junho, 2017

ALZHEIMER E A COMUNICAÇÃO QUÍMICA – BREVE RESUMO



Alzheimer ou Mal de Alzheimer é uma doença sem cura, que normalmente ocorre em idosos, e é causada pela morte de células cerebrais, acarretando em demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem). Pessoas com essa enfermidade esquecem-se especialmente de fatos recentes e na medida que o Alzheimer avança elas precisam de cuidados totais. 

A identificação post-mortem dessa doença é focada em duas características do cérebro (Figura 2):

1- Crescimento dos depósitos de proteínas conhecidos como placas β -amiloides, localizadas externamente às células nervosas;

2- Emaranhados neurofibrilares compostos por proteínas tau. 

Figura 2: Prováveis causas do Alzheimer
 Não se sabe qual delas é a causa primária da degeneração, cada uma delas possui
defensores. As proteínas tau são conhecidas por ligar aos microtúbulos, uma das principais proteínas do citoesqueleto. 

Alguns fatores ambientais como hiperfosforilação ou mutações, podem realizar alterações na habilidade de a tau se ligar aos microtúbulos, formando emaranhados no citoplasma dos neurônios. 

Foram encontrados emaranhados neurofibrilares nos doentes, justamente na ausência de placas, sugerindo então que a anormalidade tau pode ser suficiente para causar neurodegeneração.

Na maioria dos pacientes, o aspecto predominante são as placas compostas por proteínas fibrosa, misturadas com peptídeos β -amiloides (APP).

Em indivíduos com Alzheimer, mutações das proteínas APP causam uma acumulação do peptídeo de 42 aminoácidos, que forma folhas-β , precipitando e criando placas.

Nessa doença, as células dos nervos no córtex cerebral morrem, o cérebro torna-se menor e parte do córtex atrofia. A depressão entre as dobras da superfície cerebral torna-se mais profunda.

Entretanto, ainda não está claro se esses dois fatores são os reais responsáveis pela morte de neurônios. 

Outro mensageiro químico, o Ca²+, pode estar envolvido, isso porque, existem evidências em pesquisas que o fluxo do cálcio para os neurônios é interrompido. 

As presenilinas podem também desempenhar um papel na forma em que o íon cálcio é liberado das reservas intracelulares, principalmente do retículo endoplasmático (RE).

Presenilinas mutantes de indivíduos com Mal de Alzheimer originam um vazamento do RE no citosol, afetando provavelmente a proteína denominada Serca, que pode ser responsável pelo sequestro dos íons Ca+² presentes. 

Existem também indícios que excesso de cálcio pode causar morte celular. Os doentes também apresentam uma menor atividade da enzima acetilcolina transferase no cérebro, ela sintetiza a acetilcolina pela transferência de grupos acetila da acetil-CoA para a colina.

A menor concentração de acetilcolina pode ser parcialmente compensada pela inibição da enzima acetilcolinesterase, que decompõe a acetilcolina. Certos fármacos que atuam como inibidores, têm mostrado melhora na memória e outras funções cognitivas, dentre eles são: donepezil, rivastigmina, galantamina e o alcaloide huperzina do chá chinês. 

REFERÊNCIA:

BETTELHEIM, F. A. et al. Introdução à Bioquímica. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

Fonte das ilustrações:

Figura 1 – COLÉGIO WEB, Mal de Alzheimer: o que é e como lidar? 

Figura 2 - BLOG DO SAPO  

Elaborado pelas acadêmicas: Daiane Rossetto; Sandy Sachet da Silva e Raiane P. S. Bariviera.
Disciplina Bioquímica I - 2017
Curso de Ciências Biológicas do CARVI/UCS - (conceito 4 MEC)

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