Alzheimer ou Mal de Alzheimer é uma
doença sem cura, que normalmente ocorre em idosos, e é causada pela morte de
células cerebrais, acarretando em demência, ou perda de funções cognitivas
(memória, orientação, atenção e linguagem). Pessoas com essa enfermidade
esquecem-se especialmente de fatos recentes e na medida que o Alzheimer avança
elas precisam de cuidados totais.
A identificação post-mortem dessa doença é focada
em duas características do cérebro (Figura 2):
1- Crescimento dos depósitos de
proteínas conhecidos como placas β -amiloides, localizadas externamente às
células nervosas;
2- Emaranhados neurofibrilares compostos
por proteínas tau.
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Figura 2: Prováveis causas do Alzheimer |
Não se sabe qual delas é a causa primária
da degeneração, cada uma delas possui
defensores. As proteínas tau são conhecidas por ligar aos microtúbulos, uma das principais proteínas do citoesqueleto.
defensores. As proteínas tau são conhecidas por ligar aos microtúbulos, uma das principais proteínas do citoesqueleto.
Alguns fatores ambientais como
hiperfosforilação ou mutações, podem realizar alterações na habilidade de a tau
se ligar aos microtúbulos, formando emaranhados no citoplasma dos neurônios.
Foram encontrados emaranhados neurofibrilares nos doentes, justamente na
ausência de placas, sugerindo então que a anormalidade tau pode ser suficiente
para causar neurodegeneração.
Na maioria dos pacientes, o aspecto
predominante são as placas compostas por proteínas fibrosa, misturadas com
peptídeos β -amiloides (APP).
Em indivíduos com Alzheimer, mutações
das proteínas APP causam uma acumulação do peptídeo de 42 aminoácidos, que
forma folhas-β , precipitando e criando placas.
Nessa doença, as células dos nervos no
córtex cerebral morrem, o cérebro torna-se menor e parte do córtex atrofia. A
depressão entre as dobras da superfície cerebral torna-se mais profunda.
Entretanto, ainda não está claro se
esses dois fatores são os reais responsáveis pela morte de neurônios.
Outro mensageiro químico, o Ca²+, pode estar
envolvido, isso porque, existem evidências em pesquisas que o fluxo do cálcio
para os neurônios é interrompido.
As presenilinas podem também desempenhar um
papel na forma em que o íon cálcio é liberado das reservas intracelulares,
principalmente do retículo endoplasmático (RE).
Presenilinas mutantes de indivíduos com
Mal de Alzheimer originam um vazamento do RE no citosol, afetando provavelmente a proteína denominada
Serca, que pode ser responsável pelo sequestro dos íons Ca+² presentes.
Existem também indícios que excesso de
cálcio pode causar morte celular. Os doentes também apresentam uma menor atividade da enzima acetilcolina
transferase no cérebro, ela sintetiza a acetilcolina pela transferência de
grupos acetila da acetil-CoA para a colina.
A menor concentração de acetilcolina
pode ser parcialmente compensada pela inibição da enzima acetilcolinesterase, que decompõe a
acetilcolina. Certos fármacos que atuam como inibidores, têm mostrado melhora
na memória e outras funções cognitivas, dentre eles são: donepezil,
rivastigmina, galantamina e o alcaloide huperzina do chá chinês.
REFERÊNCIA:
BETTELHEIM, F. A. et al. Introdução à Bioquímica. São
Paulo: Cengage Learning, 2012.
Fonte das ilustrações:
Figura 1 – COLÉGIO WEB, Mal de Alzheimer: o que é e como lidar?
Figura 2 - BLOG DO SAPO
Elaborado pelas acadêmicas: Daiane
Rossetto; Sandy Sachet da Silva e Raiane P. S. Bariviera.
Disciplina Bioquímica I - 2017
Curso de Ciências
Biológicas do CARVI/UCS - (conceito 4 MEC)
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