14 janeiro, 2015

Pterossauros x Aves pré-históricas

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Fossil de  Feilongus youngi
 Em 2005 brasileiros e chineses descobriram duas novas espécies de répteis voadores que viveram na Terra entre 125 e 120 milhões de anos atrás. Tais fósseis pertencem a dois gêneros diferentes indicando alta diversidade genética.

A espécie Feeilongus youngi, cujo nome deriva de Feilong ou “dragão voador” apresenta a parte superior da mandíbula mais longa do que a inferior e possui duas cristas no crânio.

 Feilongus youngi - Arte de Maurílio Oliveira

 Já a espécie a Nurhachius ignaciobritoi, cujo nome refere-se a Nurhaci, o primeiro “khan” ou guerreiro da Dinastia Qing, que habitou a região onde o fóssil foi encontrado. Ele tem os dentes em forma triangular, bem próximos uns dos outros na ponta do crânio.

Nurhachius ignaciobritoi - Arte de Orlando Grillo

Em Liaoning, os pterossauros são raros se comparados às aves. Lá expedições identificaram mais de 2 mil aves de 21 espécies, contra apenas 140 pterossauros de 13 espécies.

Em contrapartida, em países como Brasil, USA, Alemanha e Inglaterra, que são representações de antigas costas, há uma grande quantidade e diversidade de pterossauros, enquanto os fósseis de aves quase não são encontrados.

A partir dessas informações, os paleontólogos formularam a hipótese de que os pterossauros teriam se adaptado melhor às áreas litorâneas, enquanto as aves teriam obtido mais vantagens ao viver em florestas densas de territórios interiores.

A comparação entre as quantidades de fósseis encontrados nestes diferentes ambientes abriu caminho para a criação de uma teoria sobre a ocupação e competição entre aves e pterossauros no período Cretáceo. Os pesquisadores sugerem que enquanto os répteis voadores se alimentavam principalmente de peixes, as aves pré-históricas preferiam os insetos.

Baseado em Resenha crítica de: Alien Mavi Fontoura Frantz e
Maiara Elias para disciplina Modelos e Processos Evolutivos, 2014.

Fonte:
BRUM, l. et al. Paleontologia. “ Dragões voadores” do  Cretáceo. Fósseis de pterossauros achados na China dão origem a nova teoria. Revista Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v.37 n 221, p.66-67 , nov.2005.

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