![]() |
1- Alterações nos núcleos de células tumorais do pulmão comparadas às células normais (Fonte: nature.com) |
Uma pergunta equivalente a esta seria: O que é um animal?
Animal é a designação de um dos Reino de seres vivos, que engloba
organismos bastante diferentes, mas que possuem em comum as seguintes características:
são multicelulares e heterótrofos.
Deste Reino, podemos destacar os Metazoários que constituem um sub-reino, incluindo todas as espécies animais de formas multicelulares caracterizadas por um sistema digestório e camadas separadas de células que são diferenciadas em vários tecidos.
Deste Reino, podemos destacar os Metazoários que constituem um sub-reino, incluindo todas as espécies animais de formas multicelulares caracterizadas por um sistema digestório e camadas separadas de células que são diferenciadas em vários tecidos.
Desse modo, apesar de muito diferentes:
- As planárias são organismos multicelulares,
heterótrofos com sistema digestório e tecidos, ou seja, são Metazoários, assim como a maioria dos
invertebrados.
Planária (Fonte: Ciências na Mosca) - Os peixes são organismos multicelulares,
heterótrofos com sistema digestório e tecidos, ou seja, são Metazoários, assim como todos os vertebrados.
Peixe palhaço (Fonte: culturamix.com) - Os anfíbios são organismos multicelulares,
heterótrofos com sistema digestório e tecidos, ou seja, são Metazoários, assim como todos os vertebrados.
Pererecas da família Hylidae (Fonte: CanalNatureza) - Os répteis são organismos multicelulares,
heterótrofos com sistema digestório e tecidos, ou seja, são Metazoários, assim como todos os vertebrados.
Camaleão (Fonte: Mundo Interessante) - As aves são organismos multicelulares, heterótrofos
com sistema digestório e tecidos, ou seja, são Metazoários, assim como todos os vertebrados.
Águia (Fonte: Animal pics) - Os mamíferos são organismos multicelulares,
heterótrofos com sistema digestório e tecidos, ou seja, são Metazoários, assim como todos os vertebrados.
Ser humano (fonte: Papel de parede)
Câncer é um grande grupo de doenças que têm em comum a formação de
tumores pela multiplicação descontrolada de células. Assim, todos os tipos de
câncer são disfunções do processo de mitose ou multiplicação celular.
A
multiplicação celular é parte essencial do processo natural de transformação da
célula-ovo em embrião, que culmina no desenvolvimento de um indivíduo adulto.
Quando este estágio é alcançado, a maioria dos tecidos apresenta menor
capacidade de proliferação.
A
organização temporal e espacial desse processo pode, entretanto, ser
perturbada, em determinadas circunstâncias, pelo aparecimento de tumores que
subvertem a ordem proliferativa, sendo capazes de levar o indivíduo à morte.
Algumas
causas de câncer: vírus e oncogenes
Pesquisas
sobre tumores, ao longo do tempo, revelaram a existência dos vírus tumorais,
assim chamados por estarem diretamente envolvidos na origem de alguns tipos de
sarcomas e leucemias. Há dois grandes grupos de vírus tumorais: aqueles cujo
material genético é o ácido desoxirribonucleico, e aqueles cujo material
genético consiste em uma única molécula de ácido ribonucleico de fita simples
(RNA).
A
virologia tumoral já pôde demonstrar que os retrovírus causadores de leucemias
e sarcomas possuem uma enzima especial denominada transcriptase reversa. Esta enzima, tomando por modelo o RNA viral,
constrói uma fita de DNA que tem a capacidade de se inserir em algum dos
cromossomos da célula hospedeira. Daí por diante, o vírus passa a utilizar toda
a maquinaria celular para fabricar as partículas virais “filhas”. Só que, além
dos genes necessários à formação da partícula viral, alguns retrovírus possuem
também um gene sobressalente, cujo produto foi diretamente relacionado com sua
capacidade de tornar a célula tumoral.
![]() |
(Fonte: Transparências de Lourde Luengo) |
Foi
também descoberto que as células livres de vírus, apresentavam sequencias
gênicas muito semelhantes àquelas típicas dos oncogenes virais. E, ainda mais
significativo e provocante, verificou-se que elas apresentam elevado grau de
conservação ao longo da evolução, o que indica que são provavelmente produtos
gênicos essenciais para o crescimento ou a sobrevivência e a diferenciação do organismo.
Concluiu-se,
portanto, que os oncogenes virais tiveram origem em proto-oncogenes celulares.
Estes, que nas células normais têm sua expressão rigidamente controlada, ficam,
nas partículas virais, sob o comando viral, o que resulta na sua expressão
extemporânea e na formação de tumores.
Estudos
recentes indicam que diversos oncogenes celulares podem estar sob o controle de
uma proteína repressora, que os mantêm “silenciosos”. Esse quadro se baseia em
duas linhas de evidência:
Uma
parte do caso do retinoblastoma,
tumor ocular maligno que afeta crianças de 0 a 6 anos, no qual a banda 13q 14
do cromossomo 13 está ausente. Recentemente, o gene Rb relacionado com o
retinoblastoma, foi isolado, clonado e teve seu produto caracterizado.
A
segunda linha se baseia nos estudos de dois laboratórios, que trabalhavam,
independentemente, com os vírus tumorais SV40 e adenovírus. Eles verificaram
que os produtos dos oncogenes virais encontravam-se fortemente associados a
determinada proteína da célula invadida pelo vírus.
![]() |
Retinoblastoma (Fonte: Portal dos Olhos) |
A
contra prova foi utilizar um anticorpo específico contra a proteína Rb para
analisar o lisado de células infectadas com SV40. Neste caso, o anticorpo
reconheceu não só a banda proteica associada à Rb mas também a proteína viral
correspondente.
![]() |
Vírus SV40 (Fonte: Wikipedia) |
Por
outro lado, os lisados de células infectadas com vírus SV40, incapazes de
causar transformação maligna, não apresentam co-precipitação da proteína viral
LT e da proteína celular Rb, indicando que mutações que afetam essa região do
RNA viral comprometem também o potencial tumorogênico do vírus.
Esses
trabalhos tiveram grande impacto por permitirem a formulação de uma hipótese
unificadora: a expressão de genes
essenciais para a proliferação celular seria controlada por reguladores do tipo
Rb. Quando esses repressores são perdidos ou inativados a transcrição deixa
de ser reprimida e os produtos dos oncogenes aparecem na célula.
Desvendar
quais componentes controlam a proliferação celular e identificar as interações
que mantêm entre si são passos decisivos para o planejamento racional da
terapia de tumores.
Referências para complementar os conhecimentos:
1- RIBEIRO,
Enilze M. S. F. e FREIRE-MAIA, Newton. Câncer: causas prevenção e tratamentos,
2002.
3- AMORIM,
Aline Rodrigues. Genética do Câncer. Monografia, 2002. 4- Quimioterapia e câncer: uma complexa relação, 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário