por
Gladis Franck da Cunha
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Foto tirada do cocotaxi saindo da Habana Vieja em direção a Miramar. |
A curiosidade por conhecer a ‘ilha maldita’ vinha desde os tempos de
faculdade nas décadas de setenta e oitenta, ainda sob o regime militar brasileiro.
Em grande parte esta curiosidade foi embala pela canção de Sílvio Rodriguez
cantada pela doce voz de Chico Buarque e que diz:
“vivo en un pais libre
cual
solamente puede ser libre
en
esta tierra en este instante
y soy
feliz por que soy gigante
amo a
una mujer clara
que
amo y me ama
sin
pedir nada
o casi
nada
que no
es lo mismo
pero
es igual”
“y si
esto fuera poco
tengo
mis cantos que poco a poco
muelo
y re hago habitando el tiempo
como
le cuadra a un hombre despierto”
“soy
feliz
soy un
hombre feliz
y
quiero que me perdonen
por
este dia los muertos de mi felicidad”
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Foto do hotel neptuno indicando o quarto em que ficamos hospedados no 19º andar. |
Estive em Havana entre os dias 7 e 13 de julho de 2013, quando a
revolução cubana completou 55 anos. Em parte, a maioria dos novos cubanos está
acostumada com educação gratuita em todos os níveis e acesso total aos
tratamentos médicos e odontológicos e, me pareceu, que isto já não é tão
valorizado pelos mais jovens.
Há uma ânsia pelo consumo e os turistas são vistos como uma fonte de
recursos extraordinários. Assim, como turista me senti como ‘celebridade’ sendo
constantemente assediada por alguns cubanos, especialmente os que oferecem
serviços como taxistas e guias, bem como por camareiras e jardineiros de
hotéis. Enquanto os taxistas e guias oferecem serviços, as camareiras e
jardineiros “esmolam” por roupas e produtos de limpeza e higiene pessoais ou
mesmo por CUCs (pesos cubanos convertidos, na época, 1 euro era convertido em 1,22 ou 1,25 CUC).
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Foto tirada da janela do quarto mostrando a entrada do 'nosso' vizinho rico o hotel mellia de Habana e do outro lado da rua o Centro de negócio Miramar onde estão instalados o Consulado (1) e a Embaixada Brasileira e há uma casa de câmbio. Estar a um atravessar de rua da nossa embaixada foi mais um fator tranquilizador aliado à segurança da cidade. |
O turista é muito bem tratado pelos cubanos, assim como os pulgões são
bem tratados pelas formigas, mas esta relação sempre tem um custo. Enquanto os
pulgões oferecem uma secreção adocicada para as formigas, os turistas em Cuba
oferecem os “pesos convertidos” ou CUCs que valiam no período em que estive em
Havana 24 vezes mais do que o peso cubano.
Porém, a semelhança com a secreção
dos pulgões é bem válida, pois em posse dos CUCs os cubanos frequentam
supermercados que oferecem, principalmente, as ‘docerias’ de forma que o
turismo levou a um aumento do consumo de farináceos, sucos e refrigerantes
muito açucarados. Assim, podem-se ver muitas pessoas, especialmente
adolescentes, que estão no sobrepeso ou já obesas.
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Atualmente, é bem comum ver pessoas obesas em Cuba, fruto de uma alimentação rica em docerias e refrigerantes. |
Para quem mora na serra gaúcha, fica certa impressão de pobreza, mas
quando conversamos com as pessoas percebemos que são bastante cultas e conhecem
bem a Geografia e História de Cuba. Além disso, os cubanos são alegres e
sorriem bastante com seus belos e saudáveis dentes. Se eles não estivessem tão
fascinados pelos refrigerantes e docerias seriam perfeitamente saudáveis.
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Vista mais ampla da rua em frente ao hotel, mostrando a beirada da nossa sacada (1) e, mais ao fundo a Igreja de Bom Jesus de Miramar (2). |
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Vista do mar sem paria aos fundos do hotel, com destaque para a piscina gigante do luxuoso Mellia. |
Além de educação e saúde, os cubanos passaram a ter após a revolução,
por um valor baixo, acesso a clubes em que anteriormente eram proibidos de
entrar.
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Clube com piscinas e quadras de esportes ao qual os cubanos podem se associar e frequentar, pagando uma mensalidade irrisória. Neste clube era vedada a entrada dos cubanos antes da revolução. |
Fiquei hospedada no hotel Neptuno, situado à beira mar nas praias do
oeste. Estas praias não são ideias para o banho de mar, pois não possuem areia apenas
recifes de coral, que podem cortar os pés. Este hotel construído em 1948 tem tido uma manutenção mínima. Assim,
embora o quarto seja bem espaçoso, não era possível ficar abrindo ou fechando
as portas do armário minadas de cupins e já fora dos trilhos.
Há péssimas avaliações
dele na internet, especialmente sobre o café da manhã, porém como foi um dos
hotéis oferecidos pela organização da IX Convención Internacional sobre Medio Ambiente y
Desarrollo, ele estava bem movimentado e ofereceu um bom café da manhã neste
período.
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Estátua do deus Netuno na entrada do hotel. |
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Vista geral da frente do Hotel Neptuno. |
Outra reclamação constante sobre o Hotel Neptuno recai sobre a falta de
limpeza nos quartos, corredores, piscina, escadas e lobby do Hotel, mas as
roupas de cama e toalhas eram muito limpas. Comparativamente, pelo mesmo valor
de diárias, cobradas em euros, fiquei em hotéis bem melhores em Amsterdã, Viena
e Berlim em 2008. Contudo, nosso quarto ficava no 19º andar e assim dormimos
com as janelas abertas todas as noites sem problemas de mosquitos, curtindo a
aragem marinha e longe do som de carros e buzinas, que nunca param.
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Vista geral do amplo quarto e do armário cujas portas não se conseguia ficar movendo. |
Outro ponto positivo a destacar é a excelente qualidade da água em
Havana. Segundo o discurso da Ministra do Meio Ambiente, na abertura da
convenção, melhorar a qualidade da água foi uma das primeiras medidas de Fidel
Castro ao assumir o governo cubano em 1959. Assim, pode-se beber a água
diretamente das torneiras do quarto do hotel ou em bebedouros disponíveis em
locais públicos.
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Balas de canhão decoram vários jardins e praças de Havana, lembrando a Revolução Cubana. |
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Discurso da Ministra do Meio Ambiente de Cuba na Abertura da convenção. |
A maior ilha do Caribe tem um clima muito agradável e as ruas são
bastante arborizadas, fizemos boas caminhadas por esta bela cidade, que não tem
assaltos e é bastante simpática e com um povo solidário. É bem impressionante a
afetuosidade entre os cubanos que se tratam como irmãos ou companheiros.
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Detalhe do trajeto entre o Centro de Convenções e o hotel Neptuno que percorríamos em 30 minutos. |
Não
vimos nenhuma pessoa brigando nas ruas ou nos estabelecimentos comerciais.
Também não presenciamos nenhuma cena de violência no trânsito, assim as buzinas
são usadas como alertas para avisar que há um carro ou cumprimentar um colega e
não para ‘xingar’ o outro motorista.
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Estas motocicletas com 'side car' são bastante comuns em Havana. |
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Todas as motos da polícia que vimos estavam assim 'tinindo'! |
Percebe-se uma vigilância constante em Havana. Várias vezes fomos questionados em tom autoritário e severo: "Qué estan buscando?" sempre que percorremos os corredores internos do centro de convenções ou do hotel. Mas ao explicarmos porque estávamos ali, o tom mudava para uma forma mais afgetuosa e éramos muito bem tratados e orientados sobre nossas necessidades.
Porém recebemos uma bronca grande por estarmos fotografando a "fortaleza Russa" ou, oficialmente, Embaixada Russa em Havana. Um conglomerado de prédios fortemente cercado e vigiado por câmeras de segurança. Bem diferente da acessibilidade do consulado brasileiro, como pode ser observado nas imagens abaixo.
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Torre da Embaixada Russa vista do Hotel Neptuno. |
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Porta de "acesso" à Embaixada Russa. |
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Cerca de proteção ao complexo de prédios da embaixada russa. |
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Torre vista de perto, cujo topo se assemelha a face de um Transformer mal humorado. |
Já da embaixada Americana em Havana não é possível tirar fotos, pois há guaritas a cada três metros nas calçadas que cercam a embaixada e pelas quais, segundo um dos motoristas de táxi, ninguém é autorizado a trafegar. Ver uma embaixada Americana em Cuba foi uma surpresa, dada às relações pouco amistosas entre estes dois países.
Um paraíso a parte são as praias do leste. Nunca havíamos visto um mar
tão lindo, com água tão transparente, quentinha e suave. Por isso, apesar de
termos achado um turismo muito caro por estarmos fora de qualquer pacote, um
colega que esteve em Cuba há quatro anos achou barato, mesmo tendo ficado
hospedado em hotéis bem melhores. Por isso, os aficionados por praia devem
considerar esta viagem na forma de pacote, mas não isoladamente.
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Detalhe de uma das praias do Leste de Havana. |
O objetivo primeiro da minha viagem foi apresentar um trabalho na
modalidade pôster no Congresso de Educação Ambiental. Nesse sentido cometi o
grande erro de colocar suporte com madeira no pôster de forma que não me
permitiram levar como bagagem de mão, tive que despachar e a companhia aérea o
perdeu. Assim, fiquei sem material, mas como havia levado um pendrive com o
arquivo tentei imprimi-lo em Havana. Infelizmente, ele estava no formato Power
Point e o computador ligado a impressora somente lia arquivos em JPEG. O funcionário
que usava o computador com Power Point não foi capaz de converter o arquivo e
nem me deixou tentar, foi mais triste do que a morte da formiguinha.
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foto escultura em vidro de Che Guevara decora o Centro de Convenções de Havana. |
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Detalhe do jardim do Centro de Convenções. As calças compridas para os homens são obrigatórias. Há guardas nas entradas que bloqueiam a passagem de homens com bermudões ou qualquer calça que fique acima dos tornozelos. Já as mulheres são livres para usarem vestidos, saias ou mesmo bermudas de qualquer comprimento. |
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Contrastando com a beleza dos jardins visíveis, as margens de um arroio nas vizinhanças do Centro de Convenções estavam repletas de resíduos plásticos, associados às mudanças do padrão de consumo dos cubanos. |
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Cerca de uma quadra do riacho acima localiza-se a casa do Embaixador Brasileiro. Esta é uma zona com vária residências de embaixadores como se vê abaixo a residência do Embaixador do Kuait. |
A solução encontrada no congresso foi converter para DOC e imprimir em
preto e branco, isso foi muito desgastante, mas afinal eu estava lá para falar
do nosso trabalho e compartilhar experiências com outros pesquisadores. Esta
foi uma experiência dolorosa, mas que trouxe conhecimento, eu até pensei em
fotografar o resultado, mas me faltou coragem. Por isso fica o conselho de sempre
salvar o arquivo com uma versão JPEG, pois até num local de mínimas condições de
informatização ele será lido.
Em síntese fica o alerta: para
viagens internacionais dispense os suportes de pôster e transporte como bagagem
de mão. Em especial, se for para algum congresso em Havana é melhor imprimir o
material em folhas A4 e levar uma fita dupla face, pois os suportes de pôster não
têm ganchos e o mesmo deve ser colado em painéis grandes de compensado. O
pessoal de Angola usou esta alternativa e não passou trabalho com pôster desgrudando
e caindo por serem muito pesados.
Outro alerta para os homens é a obrigatoriedade do uso de calças compridas nas dependências do Centro de Convenções (regras caribenhas!). Vi um dos guardas impedindo a entrada de pesquisadores australianos com bermudões pela altura dos joelhos. Nesse mesmo dia, o Isaías também foi barrado e teve que voltar ao hotel para vestir o abrigo comprido.
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Modelos fantasiados circularam pelo espaço da feira. |
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Como se pode observar as modelos eram figuras altas e esbeltas que sobressaiam dos circundantes ao usar sapatos de plataforma com salto de 20 cm. |
Como turistas fizemos alguns programas típicos de Havana como visitar o
Museu da Revolução, conhecer a cidade através da “Câmara Obscura”, andar de bicitaxi,
de cocotaxi e num carrão da década de cinquenta. Também recomendamos o uma
visita ao Aquário Nacional de Cuba com
seu show de golfinhos, pois não há ser humano que não ame os golfinhos e não
golfinho que não adore peixes!
Abaixo seguem mais fotos para ilustrar a viagem.
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Por 10 Cucs se passeia durante 1 hora no centro de Havana Vieja com um Táxi Bicicleta. Juan, nosso piloto, foi mostrando pontos turísticos e sugerindo visitas como o observatório da praça central. |
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Visão geral da Plaza Vieja na sacada do prédio onde está instalada a Câmara Obscura. |
A câmara obscura é um tipo de aparelho óptico baseado no princípio de
mesmo nome, o qual esteve na base da invenção da fotografia no início do século
XIX. Ela consiste numa caixa (ou também sala) com um buraco no canto, a luz de
um lugar externo passa pelo buraco e atinge uma superfície interna, onde é
reproduzida a imagem invertida.
A primeira câmera escura foi construída em meados do século 6, em
experimentos de Antêmio de Tales. No século 11, durante a Dinastia Song, foi
usado para aplicar atributos geométricos e quantitativos. Por volta do século
18, os desenvolvimentos seguintes por Robert Boyle e o criador do microscópio Robert
Hooke, mais facilmente modelos portáteis se tornaram disponíveis, estes foram
amplamente utilizados por artistas amadores e também por profissionais, como,
por exemplo, o famoso pintor holandês Johannes Vermeer.
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Exemplo de imagem observada com a câmara obscura de Havana, em que aparece a cúpula do Capitólio. |
Além disso, ingleses do século 13 fizeram uso de uma câmara escura para
a observação segura de eclipse solar. A câmara obscura foi utilizada como
auxiliar (técnico) na realização de pinturas e desenhos desde o século XVI.Tais
câmeras foram mais tarde adaptadas para criar as primeiras fotografias.
Algumas câmeras escuras foram construídas como atrações turísticas. Em
Lisboa, no Castelo de São Jorge, existe uma câmara escura com periscópio
gigante, através do qual é possível observar imagens da cidade em movimento, o
mesmo modelo está instalado em Sevilha na Espanha.
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Muitos prédios históricos de Habana Vieja estão sendo restaurados. |
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Cúpula do Capitólio em foto de 2007 mostrando vários carros antigos que circulam por Havana e o mesmo prédio sendo restaurado na foto que tiramos em 2013 |
O Capitolio
Nacional de Havana é similar ao Capitólio norte-americano, localizado em
Washington D.C., foi construído pelo ditador cubano Gerardo Machado, em 1929, e
levou três anos para ficar pronto. O Congresso Cubano ficou ali até 1959 e
hoje é sede da Academia Cubana de Ciências e da Biblioteca Nacional de Ciência
e Tecnologia. Dentro há a Estátua da República, a terceira maior estátua de
bronze do mundo situada em ambiente interno. É um prédio monumental,
rapidamente perceptível por seu domo (UOL – viagens).
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A cúpula dourada da Iagreja Ortodoxa Russa, vista da Plaza Vieja e vista geral do prédio que foi inaugurado em 2008 (Encured - Enciclopedia Cubana). |
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Detalhe da Igreja de São Francisco, recentemente restaurada. |
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Granada construída pelos revolucinários. |
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Detalhe do rádio usado por Che para as transmissões durante a Revolução Popular. |
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Esculturas de Che Guevara e Camilo Cienfuegos em tamanho natural, usando a técnica de ultrarrealismo. |
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Piano orquestral Petrof sofrendo os efeitos da restauração dessa ala do museu. |
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Tanque usado por Fidel para afundar uma fragata americana é o destaque à frete do Museu da Revolução, instalado no prédio usado como Palácio de Governo pelo ditador Fulgencio Batista. |
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Detalhe da restauração do ala do museu onde se encontra o piano Petrof. |
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passeio de cocotaxi 1 |
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Passeio de Coco Taxi |
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Chegada ao Hotel, após a visita a Havana Vieja |
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Detalhe externo da Igreja Bom Jesus de Miramar, a segunda maior de Cuba. |
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No interior da igreja vê-se a imponência do órgão de tubos que está completamente depredado. |
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Nessa igreja a Via Crucis está pintada com cores vibrantes. |
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Detalhe do órgão depredado e tomado por cupins. |
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Moreia do aquário nacional |
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Os aquários são poucos, mas o show de golfinhos vale à pena. O ingresso para turistas é 10 CUC, mas para os cubanos sai mais em conta (se for possível evite utilizar os banheiros, pois são imundos e deploráveis). |
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Os carros antigos são todos reformados com motores modernos. Neste exemplo veja que as rodas também são modernas. |
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Esculturas de elefantes na praça interna do Centro de Negócios Miramar. |
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Interior do bem conservado Cadicac 1956, cujo motor atual é a diesel. |
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Vista geral do mesmo Cadilac 1956. |
Uma decepção em Havana foi não ter encontrado água de coco para beber, pois nenhuma "tienda" que vimos comercializa este produto. Esta é uma riqueza que permanece inexplorada em Havana, enquanto o fascínio pelos refrigerantes e sucos altamente adoçados é uma triste realidade.
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Coqueiro repleto de cocos maduros, que não são explorados comercialmente. |
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Os cocos caem de maduros e apodrecem nos gramados. |
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Vista geral do bairro logo atrás da avenida das embaixadas, onde se pode caminhar tranquilamente sem o assédio dos taxistas que ficam se oferecendo aos turistas. |
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outra imagem das redondezas do hotel. |
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Um dos raros ônibus que trafegam em Havana. |
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Por do sol no mar visto da piscina do hotel Neptuno. |
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Foto de despedida mostrando a forte chuva que chegou no dia em que saímos de Havana. |
Bela viagem. Eu gostaria e ir a Cuba, mas me interesso mais pelas praias.
ResponderExcluirBem legal as fotos.
Pronto! Não preciso mais conhecer Cuba. Viajei com vocês. Incrível como tu te expressas igualzinho na escrita e na fala, Gládis. Parecia que estávamos conversando. Rico passeio! Muito enriquecedor este teu post.Beijos e saudades de vocês
ResponderExcluirGládis!!! Fiquei com muita vontade de ir a Cuba, ficar no Hotel Melia, com aquela piscina gigante e também provar o refrigerante, pois entendo que se trocam o coco pelo refri, ele deve ser muuuuito bom!!! kkkkk Estou brincando! Adorei (adoramos, pois li tudinho para o Celio) o relato! O jornal Zero Hora devia te contratar para a coluna semanal do turismo! Beijos nossos.
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