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Synechocystis sp. |
A cianobactéria
Synechocystis produz toxinas que muitas vezes levam à sua própria morte. Os
biólogos Stefan Kopfmann e Prof Dr. Wolfgang Hess da Universidade de Freiburg determinaram a lógica que rege esse mecanismo e
seus resultados foram publicados no Journal of Biological Chemistry (JBC) e
Public Library of Science (PLoS ONE).
Esta
cianobactéria produz várias toxinas, no entanto, na maioria das vezes, elas não
podem se tornar ativas, porque o micro-organismo, normalmente às produzem
juntamente com uma antitoxina que neutraliza os seus efeitos tóxicos.
É
interessante notar que os genes para a toxina e para a antitoxina estão
localizados juntos num plasmídeo bacteriano. Em contraste com a toxina, a
antitoxina não é muito estável, assim, ambos os genes são perdidos, quando uma
célula perde seu plasmídeo durante a divisão celular. Porém como a toxina é mais
estável do que a antitoxina, ela se torna ativa, levando a cianobactéria à
morte (Quem mandou perder o plasmídeo!).
Assim, os
pares de toxina antitoxina, constituem um mecanismo de seleção natural que
providencia para que apenas as células que retêm o plasmídeo sobrevivam. Dessa
forma, este pequeno fragmento de DNA extracromossômico garante a confortável
proteção da célula bacteriana.
O plasmídeo
da cianobactéria Synechocystis não tem apenas uma, mas sete diferentes sistemas
deste tipo (toxina/antitoxina) e é, portanto, bem protegido. Em contrapartida
este plasmídeo contem a informação genética fundamental para o sistema imunológico
bacteriano.
Se este
plasmídeo se perder na divisão celular, várias toxinas se tornam ativas
garantindo que a Synechocystis morra.
Cogita-se,
desse modo, que a morte dos indivíduos que perdem os plasmídeos mantenha
protegida a própria colônia, pois o fato destes genes pares de toxina e antitoxina estarem presentes em doses elevadas indica que
este sistema tem um significado especial para este tipo de cianobactéria.
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