![]() |
Gelatina de algas |
As algas marinhas vermelhas têm sido utilizadas
para varias finalidades na Ásia por mais tempo do que se tem registro. Provavelmente,
no início elas foram utilizadas como um alimento, mas, posteriormente foram
encontradas muitas aplicações farmacêuticas para uma grande variedade de
condições, dependendo das espécies de algas. De fato, um dos primeiros
registros escritos da China, que data do ano 600 antes de Cristo, menciona as
algas vermelhas como sendo um alimento adequado para um "rei".
Na medicina chinesa, as algas marinhas vermelhas
são indicadas ativar o fluxo do Chi,
pois removeriam os obstáculos a esse fluxo. Por isso seria um alimento adequado
para um rei, já que ao maximizar o Chi
alcançamos a máxima sensação de bem-estar e energia. Por tais motivos, as algas
têm sido há muito utilizadas pelos chineses como um medicamento geral ou tônico.
![]() |
Palmaria palmata (fam. Palmariaceae). Consumida como aperitivo na Irlanda e com manteiga na Islândia. |
No ocidente, as algas marinhas vermelhas têm
sido usadas como ingredientes de suplementos alimentares terapêuticos, pois
fornecem ao corpo uma gama completa de nutrientes, incluindo proteínas,
carboidratos complexos, ácidos graxos essenciais, fibras, vitaminas, minerais,
micronutrientes, enzimas e polissacarídeos sulfatados.
As suas propriedades
medicinais são indicadas para melhorar as respostas do sistema imunológico no
combate aos vírus.
Muitas destas substâncias bioativas evoluíram
devido às pressões ecológicas presentes no ambiente marinho. Todavia, a função
ecológica das substâncias químicas presentes nas macroalgas vermelhas é
geralmente desconhecida.
Uma exceção inclui os terpenoides que são agentes
antivegetativos. Já os polissacarídeos parecem servir como reserva de
carboidratos e não é sabido se nas algas eles também apresentam propriedades
antivirais e antibióticas como foi observado em estudos “in vitro” e “in vivo”
com uma variedade de animais e plantas.
Sabe-se que elas auxiliam o sistema
imunológico a responder a ataques de vírus, e uma ingestão regular pode reduzir
o número de ataques virais ou sua gravidade. Por isso, elas têm sido usadas,
tradicionalmente, para muitas doenças, incluindo furúnculos, infecções
urinárias, problemas de bócio, asma e estômago, e também para úlceras e tumores
com graus variados de sucesso. Sendo o seu uso tópico para herpes labial, o
mais empregado no Ocidente. Também se especula que seja eficaz para reduzir os
níveis de colesterol no sangue.
Os vírus do Herpes do tipo I, ou herpes labial
podem permanecer dormentes por anos e então ser ativado por um gatilho. Tais
gatilhos incluem a menopausa, stress, tratamento dentário (provavelmente por
isso stress!), Outras infecções, queimaduras solares e fadiga causada pelo
excesso de trabalho. Ele começa como uma pequena bolha ou duas, com uma leve
sensação de queimação.
Você não presta muita atenção nisso, mas de repente ele
se expande e se torna muito dolorido. Como provoca coceira, se você não evitar
contato com a língua ou os dentes, a lesão fica pior.
O Herpes I se forma sempre em seu lábio ou
muito próximo a ele porque o vírus causador afeta as terminações nervosas que
estão no lábio ou em áreas adjacentes.
O vírus do herpes é extremamente contagioso, assim
é possível se contaminar ao beijar seu namorado ou sua namorada. Também ocorre
contaminação, ao entrar em contato com os brinquedos que estão infectados pela
saliva de outras crianças infectadas, pois, infelizmente, as crianças não
precisam mostram os sintomas para serem portadoras do vírus, o mesmo é verdade
para os adultos.
Mesmo ao finalizar uma crise, o vírus vai continuar
vivo em suas terminações nervosas até um dos gatilhos mencionados anteriormente
ativá-lo. Embora a maioria das pessoas desenvolva anticorpos contra ele, cerca
de 40% tem infecções de repetição.
Muitas espécies de algas vermelhas utilizados
na China, no Japão e em várias regiões do Pacífico estão sendo usadas para o
tratamento de herpes I e II, especialmente espécies da família Dumontiaceae tem se mostrado efetivas
nestes casos.
![]() |
Dilsea carnosa (fam. Dumontiaceae) |
Herpes I causa o herpes labial e o herpes II é o genital. Nestes casos as algas provaram ser efetivas para aliviar os sintomas quando
aplicadas topicamente, tanto quanto para evitar uma nova ocorrência quando
usadas por administração oral.
O agente ativo de algas vermelhas são carragenanas,
uma família de polissacarídeos sulfatados que, em 2006, descobriu-se serem eficazes
contra doenças sexualmente transmissíveis como HIV e herpes genital. Também, já
estão sendo usados em alguns lubrificantes de para inibir o HPV (papiloma vírus
humano) que causa verrugas genitais e pode levar ao câncer de colo de útero ou
de laringe.
Os carragenanas parecem ser capazes de
identificar proteínas hostis, presentes nos capsídios dos vírus e impedi-los de
se ligarem às superfícies de células humanas.
![]() |
Gibsmithia hawaiiensis (Dumontiaceae) |
Cogita-se que polissacarídeos possam estimular
a produção de interferons, auxiliando o sistema imunológico como agentes
antivirais. Eles também melhoram a atividade de células T e células B, as quais
destroem células infectadas por vírus no nosso corpo.
Dessa forma, as carragenanas
sulfatadas das algas marinhas vermelhas estão sendo propostas como agentes
antivirais naturais.
Sugere-se que estes polissacarídeos presentes
nas paredes celulares das algas Dumontiaceae,
também se liguem a metais pesados e outras impurezas prejudiciais, removendo-os
do corpo antes que eles possam causar qualquer dano.
Contudo, há estudos que indicam potencialidade
cancerígena para as carragenanas, indicando que, assim como qualquer outro
alimento, as algas vermelhas não devem ser consumidas em excesso, pois tudo que
é ‘demais’ prejudica e todo medicamento é um veneno, dependendo da dose. Por
outro lado, sua comprovada eficácia no combate viral e bacteriano sugere que
este é um alimento desejável a ser incluído na dieta.
Nota: Como proceder em caso de herpes genital?
1- Mantenha a área infectada limpa e seca para
evitar infecções secundárias.
2- Tente evitar tocar as lesões e lave as mãos
após o contato com as lesões.
3- Evite o contato sexual ao reconhecer
os primeiros sintomas até que as feridas estejam completamente curadas, as
crostas tenham caído e nova pele se formou.
4- Use preservativos entre os episódios. No
entanto, o preservativo não oferece proteção completa e a transmissão pode
ocorrer.
5- As pessoas que têm episódios muito frequentes
da doença podem tomar medicação oral continuamente para suprimir a atividade do
vírus e prevenir as recorrências. Este tratamento pode também reduzir o risco
de transmissão de infecção aos parceiros sexuais.
Fontes:
1. Darrell M. Boost Immune System and FightViruses with Red Marine Algae. Disabled World - Disability News for all the Family, 18/set/2007.
2.SMIT, Albertus J. Medicinal and pharmaceutical
uses of seaweed natural products: A review (texto em PDF), 2004.
3. SOBRE LA NOTÍCIA. Temas de salud: ¿Que es elherpes genital?, 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário