24 junho, 2012

Algas Vermelhas para combater o herpes!

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Gelatina de algas

As algas marinhas vermelhas têm sido utilizadas para varias finalidades na Ásia por mais tempo do que se tem registro. Provavelmente, no início elas foram utilizadas como um alimento, mas, posteriormente foram encontradas muitas aplicações farmacêuticas para uma grande variedade de condições, dependendo das espécies de algas. De fato, um dos primeiros registros escritos da China, que data do ano 600 antes de Cristo, menciona as algas vermelhas como sendo um alimento adequado para um "rei".

Na medicina chinesa, as algas marinhas vermelhas são indicadas ativar o fluxo do Chi, pois removeriam os obstáculos a esse fluxo. Por isso seria um alimento adequado para um rei, já que ao maximizar o Chi alcançamos a máxima sensação de bem-estar e energia. Por tais motivos, as algas têm sido há muito utilizadas pelos chineses como um medicamento geral ou tônico.

Palmaria palmata (fam. Palmariaceae).
Consumida como aperitivo na Irlanda e com manteiga na Islândia.
 


No ocidente, as algas marinhas vermelhas têm sido usadas como ingredientes de suplementos alimentares terapêuticos, pois fornecem ao corpo uma gama completa de nutrientes, incluindo proteínas, carboidratos complexos, ácidos graxos essenciais, fibras, vitaminas, minerais, micronutrientes, enzimas e polissacarídeos sulfatados.

As suas propriedades medicinais são indicadas para melhorar as respostas do sistema imunológico no combate aos vírus.

Muitas destas substâncias bioativas evoluíram devido às pressões ecológicas presentes no ambiente marinho. Todavia, a função ecológica das substâncias químicas presentes nas macroalgas vermelhas é geralmente desconhecida. 

Uma exceção inclui os terpenoides que são agentes antivegetativos. Já os polissacarídeos parecem servir como reserva de carboidratos e não é sabido se nas algas eles também apresentam propriedades antivirais e antibióticas como foi observado em estudos “in vitro” e “in vivo” com uma variedade de animais e plantas.

Sabe-se que elas auxiliam o sistema imunológico a responder a ataques de vírus, e uma ingestão regular pode reduzir o número de ataques virais ou sua gravidade. Por isso, elas têm sido usadas, tradicionalmente, para muitas doenças, incluindo furúnculos, infecções urinárias, problemas de bócio, asma e estômago, e também para úlceras e tumores com graus variados de sucesso. Sendo o seu uso tópico para herpes labial, o mais empregado no Ocidente. Também se especula que seja eficaz para reduzir os níveis de colesterol no sangue.

Os vírus do Herpes do tipo I, ou herpes labial podem permanecer dormentes por anos e então ser ativado por um gatilho. Tais gatilhos incluem a menopausa, stress, tratamento dentário (provavelmente por isso stress!), Outras infecções, queimaduras solares e fadiga causada pelo excesso de trabalho. Ele começa como uma pequena bolha ou duas, com uma leve sensação de queimação. 


Você não presta muita atenção nisso, mas de repente ele se expande e se torna muito dolorido. Como provoca coceira, se você não evitar contato com a língua ou os dentes, a lesão fica pior.



O Herpes I se forma sempre em seu lábio ou muito próximo a ele porque o vírus causador afeta as terminações nervosas que estão no lábio ou em áreas adjacentes.

O vírus do herpes é extremamente contagioso, assim é possível se contaminar ao beijar seu namorado ou sua namorada. Também ocorre contaminação, ao entrar em contato com os brinquedos que estão infectados pela saliva de outras crianças infectadas, pois, infelizmente, as crianças não precisam mostram os sintomas para serem portadoras do vírus, o mesmo é verdade para os adultos.

Mesmo ao finalizar uma crise, o vírus vai continuar vivo em suas terminações nervosas até um dos gatilhos mencionados anteriormente ativá-lo. Embora a maioria das pessoas desenvolva anticorpos contra ele, cerca de 40% tem infecções de repetição.

Muitas espécies de algas vermelhas utilizados na China, no Japão e em várias regiões do Pacífico estão sendo usadas para o tratamento de herpes I e II, especialmente espécies da família Dumontiaceae tem se mostrado efetivas nestes casos.

Dilsea carnosa (fam. Dumontiaceae)

Herpes I causa o herpes labial e o herpes II é o genital. Nestes casos as algas provaram ser efetivas para aliviar os sintomas quando aplicadas topicamente, tanto quanto para evitar uma nova ocorrência quando usadas por administração oral. 

O agente ativo de algas vermelhas são carragenanas, uma família de polissacarídeos sulfatados que, em 2006, descobriu-se serem eficazes contra doenças sexualmente transmissíveis como HIV e herpes genital. Também, já estão sendo usados em alguns lubrificantes de para inibir o HPV (papiloma vírus humano) que causa verrugas genitais e pode levar ao câncer de colo de útero ou de laringe.

Os carragenanas parecem ser capazes de identificar proteínas hostis, presentes nos capsídios dos vírus e impedi-los de se ligarem às superfícies de células humanas.

Gibsmithia hawaiiensis (Dumontiaceae)

Cogita-se que polissacarídeos ​​possam estimular a produção de interferons, auxiliando o sistema imunológico como agentes antivirais. Eles também melhoram a atividade de células T e células B, as quais destroem células infectadas por vírus no nosso corpo. 

Dessa forma, as carragenanas sulfatadas das algas marinhas vermelhas estão sendo propostas como agentes antivirais naturais.

Sugere-se que estes polissacarídeos presentes nas paredes celulares das algas Dumontiaceae, também se liguem a metais pesados e outras impurezas prejudiciais, removendo-os do corpo antes que eles possam causar qualquer dano.

Contudo, há estudos que indicam potencialidade cancerígena para as carragenanas, indicando que, assim como qualquer outro alimento, as algas vermelhas não devem ser consumidas em excesso, pois tudo que é ‘demais’ prejudica e todo medicamento é um veneno, dependendo da dose. Por outro lado, sua comprovada eficácia no combate viral e bacteriano sugere que este é um alimento desejável a ser incluído na dieta.


Nota: Como proceder em caso de herpes genital?

1- Mantenha a área infectada limpa e seca para evitar infecções secundárias.

2- Tente evitar tocar as lesões e lave as mãos após o contato com as lesões.

3- Evite o contato sexual ao reconhecer os primeiros sintomas até que as feridas estejam completamente curadas, as crostas tenham caído e nova pele se formou.

4- Use preservativos entre os episódios. No entanto, o preservativo não oferece proteção completa e a transmissão pode ocorrer.

5- As pessoas que têm episódios muito frequentes da doença podem tomar medicação oral continuamente para suprimir a atividade do vírus e prevenir as recorrências. Este tratamento pode também reduzir o risco de transmissão de infecção aos parceiros sexuais.

Fontes:
1. Darrell M. Boost Immune System and FightViruses with Red Marine Algae. Disabled World - Disability News for all the Family, 18/set/2007

2.SMIT, Albertus J. Medicinal and pharmaceutical uses of seaweed natural products: A review (texto em PDF), 2004.

3. SOBRE LA NOTÍCIA. Temas de salud: ¿Que es elherpes genital?, 2008.  

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