por
Gladis Franck da Cunha
- A excessiva ênfase na compartimentalização em disciplinas é uma das coisas que dificultam o desenvolvimento de competências.
Para romper com este paradigma, dever-se-á centrar a ação docente no desenvolvimento de habilidades e competências, usando os conteúdos como instrumento, mas não como o objetivo central da prática pedagógica.
- As perguntas são mais importantes do que as respostas!
Isso significa que é preciso mudar o padrão de aula centrada no professor, buscando o envolvimento dos educandos através de questionamentos. Em outras palavras, significa que não se pode simplesmente dizer o conteúdo, mas organizar a aula de forma que os alunos descubram os conteúdos. Para tanto, pode-se utilizar o conceito de ‘Pedagogia da Pergunta’ de Paulo Freire.
- O professor é um elemento chave na organização das situações de aprendizagem, pois lhe compete dar condições para que o aluno "aprenda a aprender”.
O professor não é um personagem secundário neste processo, pois fará as perguntas que não fazem parte do cotidiano, extraescolar. O ensino de ciências é essencial porque trata de temas que não costumam fazer parte das conversações sociais. Ele, mais do que informar, deverá desafiar os alunos a buscarem respostas através de diferentes fontes de pesquisa (internet, entrevistas, livros, jornais, etc.)
- Em lugar de continuar a decorar conteúdos, o aluno passará a exercitar habilidades, e através delas, poderá adquirir grandes competências.
Os conteúdos passam a serem usados para desenvolver habilidades, não é mais essencial sabê-los “na ponta da língua”, mas compreendê-los através de experimentos, observação, comparação, descrição, entre outros.
- Uma competência se traduz na tomada de decisões, na capacidade de avaliar e julgar.
Ao possibilitar que um educando adquira uma competência, contribui-se para o desenvolvimento da inteligência como um todo. Ou seja, o indivíduo competente não depende de conhecimentos específicos, que aprendeu na Escola. Ele poderá compreender melhor o mundo que está á sua volta. A princípio, relacionando um problema com o que ele já conhece, mas depois chegando ao que há de novo. Um indivíduo competente é capaz de resolver problemas novos, pois a Escola já terá desenvolvido suas habilidades para descoberta.
Em outras palavras, ele saberá aplicar conhecimentos de ciência e tecnologia e procedimentos de investigação científica em diferentes contextos, buscando alternativas satisfatórias para as situações novas que se apresentem.
- Educar para competências é ajudar o sujeito a adquirir e desenvolver as condições e/ou recursos que deverão ser mobilizados para resolver situações complexas.
No Ensino de Ciências, isso pode ser traduzido como uma ‘Alfabetização Científica’. Assim, educar uma pessoa para ser competente é criar as condições para que ela adquira os conhecimentos, as habilidades, as linguagens, os valores culturais e os emocionais relacionados a uma atividade específica, de forma que ela a desempenhe muito bem.
Nesse sentido, o ensino de ciências deverá promover as ações de: observar; coletar e organizar; elaborar projetos; realizar experiências; debater temas polêmicos; levantar hipóteses; apresentar os resultados; generalizar; trabalhar em equipe.
Referências:
1- BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais : ciências naturais /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.
2- ENCCEJA-
Matriz de Competências
3- RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Estado da Educação. Departamento Pedagógico.
Referenciais Curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Porto Alegre : SE/DP, 2009.
4- Vasco Moreto –
Perguntas em EAD para o processo da construção de COMPETÊNCIAS (apresentação de palestra). SEBRAE
Fonte das imagens:
1-Ciência em Pauta: Catavento:
A extensão do conhecimento em uma concepção moderna de museu
2- Manifesto Interdisciplinar:
Sem fragmentos professor.
3- Ardil Usual:
Hq Mafalda.
4-Uma noite qualquer:
Dica para o Vestibular: Saiba como realmente estudar BEM.
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