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Esqueleto de feto |
Os ossos são órgãos passivos do movimento que atuam como alavancas, conferindo força e velocidade. Para entender as relações entre músculos e ossos, veja o robô que simula movimentos do braço.
O esqueleto forma a armação do corpo humano, fornecendo a estrutura rígida, onde se fixam os tecidos moles e órgãos do corpo.
Sem a sustentação dos ossos as estruturas moles desabam como se observa no rosto do jovem inglês, abaixo, que sofre da síndrome de Treacher Collins, a qual impede a formação dos ossos malares.
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Jovem com síndrome de Treacher Collins por UOL |
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Corte sagital medial da perna mostrando posição da medula óssea vermelha. |
1- Compacto: denso, com alta resistência mecânica, presente nas regiões corticais e diáfises.
2- Esponjoso: consiste de trabéculas finas e irregulares, em forma de favo, que amortecem as forças decompondo as forças geradas sobre o osso. Presentes nas epífises ósseas.
Revestimentos dos ossos
Externo: o periósteo é uma lâmina fibrosa que possui duas camadas, uma externa mais celular, densa e vascularizada e a interna que apresenta grande número de osteoblastos que formam o tecido ósseo.
Interno: o endósteo é uma membrana fina que reveste as cavidades dos ossos, desempenhando funções osteogênicas e hematopoiéticas.
Classificação dos ossos:
1- Longos: apresentam comprimento superior à largura e espessura. Formam a estrutura do esqueleto apendicular. Possuem 2 estremidades, as epífises, e um corpo a diáfise.
2- Curtos: apresentam dimensões aproximadamente iguais de largura e espessura, como os tarsais.
3- Planos ou laminares: possuem espessura reduzida, predominando o comprimento e a largura, como a escápula, os ossos do crânio frontal e parietal as costelas e o esterno. São formados por duas lâminas de osso compacto, entre as quais se situa uma fina camada de osso esponjoso. Sua função básica é fornecer proteção e inserção para músculos e ligamentos.
4- Ossos irregulares: são constituídos basicamente de tecido esponjoso envolvido por fina camada de osso compacto, incluem as vértebras, o sacro e o cóccix. Protegem a medula nervosa e servem para fixar músculos e ligamentos.
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12ª vértebra torácica |
Terminologias
1- Superfícies articulares:
a) Cabeça é uma projeção esférica unida a um colo de osso. Ex. cabeça do fêmur (articulação do quadril).
b) Côndilo é uma projeção de grande porte com aspecto arredondado. Ex. côndilo do fêmur (articulação do joelho).
c) Face é uma superfície articular lisa ou pouco escavada. Ex. face articular da escápula.
2- Superfícies não articulares:
a) Processo: é qualquer proeminência na superfície de um osso.
b) Crista: é uma margem proeminente, ex. crista ilíaca.
c) Linhas: são bordas ou margens, longas e estreitas, menos proeminentes que uma crista, ex. linha áspera do fêmur.
d) Espinha: é uma projeção delgada e pontiaguda, exemplos: espinha isquiática e espinha ilíaca.
e) Epicôndilo: é uma projeção óssea acima de um côndilo, ex. epicôndilo medial do fêmur.
f) Trocanter: é um grande processo globoso para inserção muscular, exs. Trocanter maior e menor do fêmur.
g) Tubérculo: é um pequeno processo arredondado, exs. Tubérculo menor e maior do úmero.
h) Tuberosidade: é um grande processo, de superfície áspera e rugosa, ex. tuberosidade isquiática.
3- Depressões, orifícios e aberturas: são estruturas que permitem a passagem de nervos, vasos sanguíneos, ligamentos, tendões e outros tecidos moles.
a) Forames: são orifícios pelos quais passam nervos, vasos ou ligamentos.
b) Fossa: é uma vala rasa, ex. fossa radial do úmero.
c) Fissura: é uma passagem em forma de fenda, ex. fissura orbital superior do osso esfenoide.
d) Incisura: concavidade ou entalhe em uma margem óssea, ex. incisura radial da ulna.
e) Meato ou canal: é uma passagem em forma tubular, ex. meato acústico do osso temporal.
f) Sulco: é uma depressão alongada em forma de canaleta. Serve para o deslizamento de tendões ou acomodar vasos e nervos.
Resistência e Flexibilidade óssea.
O tecido ósseo é o de maior resistência mecânica dentre todos do corpo. Esta resistência decorre da organização das lâminas trabeculares que se entrecruzam, de acordo com as forças de tração, co pressão e torção a que os diferentes ossos são submentidos.
Os ossos são flexíveis porque têm a capacidade de se deformarem quando submetidos a forças exteriores, retornando à forma original, quando cessa a ação da força deformante. Assim, quando uma pessoa inspira deforma uma série de costelas, que voltam à forma normal quando ela expira. Quando sofrem compressão, os ossos diminuem o comprimento e aumentam a largura.
As forças compressivas são produzidas pelos músculos, apoio de peso, gravidade ou alguma carga externa. Elas são necessárias para o desenvolvimento e crescimento do osso.
Quando o ponto máximo de elasticidade de um osso for ultrapassado, ele poderá sofrer uma fratura. Caso uma força deformante atue de forma contínua sobre um osso ela pode gerar uma deformidade.
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Pé deformado pela compressão contínua com faixas e sapatos apertados |
MIRANDA, Edalton. Bases de Anatomia e Cinesiologia. 7ed. Rio de Janeiro : Sprint, 2008.
UOL notícias - jovem sem ossos malares (síndrome de Treacher Collins)
SILVA, Manuel Luciano da. TRANSPLANTAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA. Transplant-new.
Esqueletos brincantes
Aprendendo anatomia.
Mover - introdução à osteologia
Cinesiologia -
Portal São Francisco
Exercício Interativo: sobre esqueleto.
Esqueleto de feto:
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