14 março, 2011

Esqueleto Humano 1: OSTEOLOGIA

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Esqueleto de feto
O corpo de um adulto tem 206 ossos, enquanto o de um recém-nascido tem 270, pois, à medida que cresce, alguns ossos vão se fundindo como no sacro, cóccix e crânio.

Os ossos são órgãos passivos do movimento que atuam como alavancas, conferindo força e velocidade. Para entender as relações entre músculos e ossos, veja o robô que simula movimentos do braço.

O esqueleto forma a armação do corpo humano, fornecendo a estrutura rígida, onde se fixam os tecidos moles e órgãos do corpo.

Sem a sustentação dos ossos as estruturas moles desabam como se observa no rosto do jovem inglês, abaixo, que sofre da síndrome de Treacher Collins, a qual impede a formação dos ossos malares.
Jovem com síndrome de Treacher Collins por UOL
Além disso, os ossos possuem no seu interior uma medula vermelha, que é um órgão hematopoiético  produtor das hemáceas, glóbulos brancos e plaquetas. Os ossos também armazenam cálcio e fósforo, os quais podem ser disponibilizados em pequenas quantidades ao corpo.
Corte sagital medial da perna mostrando posição da medula óssea vermelha.
Tipos de tecido ósseo em nível macroscópico

1- Compacto: denso, com alta resistência mecânica, presente nas regiões corticais e diáfises.

2- Esponjoso: consiste de trabéculas finas e irregulares, em forma de favo, que amortecem as forças decompondo as forças geradas sobre o osso. Presentes nas epífises ósseas.

Revestimentos dos ossos

Externo: o periósteo é uma lâmina fibrosa que possui duas camadas, uma externa mais celular, densa e vascularizada e a interna que apresenta grande número de osteoblastos que formam o tecido ósseo.

Interno: o endósteo é uma membrana fina que reveste as cavidades dos ossos, desempenhando funções osteogênicas e hematopoiéticas.

Classificação dos ossos:

1- Longos: apresentam comprimento superior à largura e espessura. Formam a estrutura do esqueleto apendicular. Possuem 2 estremidades, as epífises, e um corpo a diáfise.

2- Curtos: apresentam dimensões aproximadamente iguais de largura e espessura, como os tarsais.

3- Planos ou laminares: possuem espessura reduzida, predominando o comprimento e a largura, como a escápula, os ossos do crânio frontal e parietal as costelas e o esterno. São formados por duas lâminas de osso compacto, entre as quais se situa uma fina camada de osso esponjoso. Sua função básica é fornecer proteção e inserção para músculos e ligamentos.

4- Ossos irregulares: são constituídos basicamente de tecido esponjoso envolvido por fina camada de osso compacto, incluem as vértebras, o sacro e o cóccix. Protegem a medula nervosa e servem para fixar músculos e ligamentos.
12ª vértebra torácica

Terminologias

1- Superfícies articulares:

a) Cabeça é uma projeção esférica unida a um colo de osso. Ex. cabeça do fêmur (articulação do quadril).

b) Côndilo é uma projeção de grande porte com aspecto arredondado. Ex. côndilo do fêmur (articulação do joelho).

c) Face é uma superfície articular lisa ou pouco escavada. Ex. face articular da escápula.


2- Superfícies não articulares:
a) Processo: é qualquer proeminência na superfície de um osso.

b) Crista: é uma margem proeminente, ex. crista ilíaca.

c) Linhas: são bordas ou margens, longas e estreitas, menos proeminentes que uma crista, ex. linha áspera do fêmur.

d) Espinha: é uma projeção delgada e pontiaguda, exemplos: espinha isquiática e espinha ilíaca.

e) Epicôndilo: é uma projeção óssea acima de um côndilo, ex. epicôndilo medial do fêmur.


f) Trocanter: é um grande processo globoso para inserção muscular, exs. Trocanter maior e menor do fêmur.

g) Tubérculo: é um pequeno processo arredondado, exs. Tubérculo menor e maior do úmero.


h) Tuberosidade: é um grande processo, de superfície áspera e rugosa, ex. tuberosidade isquiática.


3- Depressões, orifícios e aberturas: são estruturas que permitem a passagem de nervos, vasos sanguíneos, ligamentos, tendões e outros tecidos moles.

a) Forames: são orifícios pelos quais passam nervos, vasos ou ligamentos.

b) Fossa: é uma vala rasa, ex. fossa radial do úmero.

c) Fissura: é uma passagem em forma de fenda, ex. fissura orbital superior do osso esfenoide.

d) Incisura: concavidade ou entalhe em uma margem óssea, ex. incisura radial da ulna.

e) Meato ou canal: é uma passagem em forma tubular, ex. meato acústico do osso temporal.


f) Sulco: é uma depressão alongada em forma de canaleta. Serve para o deslizamento de tendões ou acomodar vasos e nervos.

Resistência e Flexibilidade óssea.

O tecido ósseo é o de maior resistência mecânica dentre todos do corpo. Esta resistência decorre da organização das lâminas trabeculares que se entrecruzam, de acordo com as forças de tração, co pressão e torção a que os diferentes ossos são submentidos.

Os ossos são flexíveis porque têm a capacidade de se deformarem quando submetidos a forças exteriores, retornando à forma original, quando cessa a ação da força deformante. Assim, quando uma pessoa inspira deforma uma série de costelas, que voltam à forma normal quando ela expira. Quando sofrem compressão, os ossos diminuem o comprimento e aumentam a largura.

As forças compressivas são produzidas pelos músculos, apoio de peso, gravidade ou alguma carga externa. Elas são necessárias para o desenvolvimento e crescimento do osso.
Quando o ponto máximo de elasticidade de um osso for ultrapassado, ele poderá sofrer uma fratura. Caso uma força deformante atue de forma contínua sobre um osso ela pode gerar uma deformidade.
Pé deformado pela compressão contínua com faixas e sapatos apertados
Referências e links:
MIRANDA, Edalton. Bases de Anatomia e Cinesiologia. 7ed. Rio de Janeiro : Sprint, 2008.
UOL notícias - jovem sem ossos malares (síndrome de Treacher Collins)
SILVA, Manuel Luciano da. TRANSPLANTAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA. Transplant-new
Esqueletos brincantes
Aprendendo anatomia.
Mover - introdução à osteologia
Cinesiologia
Portal São Francisco
Exercício Interativo: sobre esqueleto.
Esqueleto de feto:

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