11 julho, 2010

Fenótipo X Genótipo

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De modo esquemático, o genótipo é o conjunto de genes de um indivíduo e o fenótipo o conjunto de caracteres que se manifestam visivelmente.

Quando uma informação genética se manifesta ela gera um fenótipo. Aqui o manifestar-se significa que a informação foi lida e traduzida na forma de uma proteína, por exemplo. A receita da construção da proteína é a informação genética em si, os aminoácidos utilizados para construir a proteína são o meio, a proteína construída é fenótipo.

Assim, a informação genética, ou receita, de determinadas proteínas do sangue produzem um fenótipo que poderá ser A, B, AB ou O. O meio neste caso não varia para os indivíduos e coloca à disposição deles os mesmos aminoácidos, porém a quantidade e os tipos de aminoácidos contidos na “receita” ou “gene” é que definirão o tipo de imunoglobulina das nossas células vermelhas do sangue e resultarão no nosso tipo sanguíneo. Se o meio não contiver algum dos aminoácidos as proteínas não se formam e o indivíduo, neste caso, se inviabiliza.

Este é um exemplo extremo de tudo ou nada, que pode levar a interpretarmos que tudo o que somos está contido nos genes. Mas há outras características chamadas de quantitativas, em que há variação na quantidade das proteínas sintetizadas e assim o meio pode modulá-las mais, como se tivéssemos a planta ou “receita” de uma casa e o meio fosse a quantidade de tijolos disponíveis. Dependendo dessa quantidade de tijolos poderia variar o tamanho da casa. Isso se observa em relação ao fenótipo da altura dos indivíduos, onde o mesmo fenótipo pode produzir indivíduos com alturas diferentes em função da alimentação e exercícios.

Outro aspecto relacionado ao meio é a exigência feita a determinadas células. Assim, alguém que use mais sua musculatura exigirá maior produção de energia nas células musculares e os genes relacionados com a produção das proteínas envolvidas nos processos de produção de energia serão mais ativados, por um processo de realimentação, que fica informando ao genoma a necessidade ou não da proteína que ele especifica. Em outras palavras, as células musculares de um bailarino, por exemplo, têm uma maior quantidade das estruturas básicas, que também estão presentes nas células dos sedentários.

Porém, existe também variação quantitativa herdada. A clássica é a cor da pele. No caso humano só há um pigmento para coloração da pele. Dependendo dos genes a quantidade produzida varia e a cor será mais clara ou mais escura. Além disso, esta característica também pode variar em função do meio, pois a exposição ao sol ocasiona uma maior produção dos pigmentos. Porém, este aumento de pigmentos ocorrerá de acordo com outros genes, assim, entre indivíduos com o mesmo tom de pele há os se bronzeiam mais e os que se bronzeiam menos.

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