22 fevereiro, 2010

ETAPAS PARA OBTENÇÃO DE LÂMINAS PARA MICROSCOPIA.

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Os conhecimentos em citologia progridem paralelamente ao aperfeiçoamento dos métodos de investigação. O mais tradicional dos métodos é a microscopia que permite a visualização de estruturas, que são invisíveis a olho nu.

A técnica mais utilizada é a preparação de lâminas permanente, pois embora seja possível o estudo de células vivas, muitas vezes há vantagens em se obter preparados permanentes, onde as células são coradas.

a) FIXAÇÃO: é a primeira etapa e tem as seguintes finalidades: evitar a autólise; impedir a atividade e proliferação de bactérias; endurecer as células para que resistam melhor às etapas seguintes da técnica citológica e aumentar a afinidade das estruturas pelos corantes, facilitando a coloração.

A fixação pode ser realizada por agentes físicos como o calor, mas em geral se utiliza a fixação química utilizando substâncias fixadoras. A escolha dos fixadores dependerá do tipo de material e coloração que serão utilizados.

b) MICROTOMIA: é a realização de cortes muito finos em aparelhos especializados, denominados micrótomos. 

Para realização dos cortes o material biológico deve ser INCLUÍDO, após a fixação, ou seja, envolvido por material que nele penetra, conferindo ao conjunto características físicas que facilitem o corte.


Em cortes para microscópio óptico o material é incluído em parafina e cortado numa espessura de 3 a 6 micrômeros, em aparelhos com lâminas de aço (figura abaixo)

 Para estudo em Microscópio Eletrônico as peças são incluídas em material duro do tipo EPOXI, como o araldite e epon e os cortes têm de 0,02 a 0,1 micrômeros em aparelhos que usam lâminas de vidro ou diamante.

c) COLORAÇÃO – quase todas as organelas e estruturas celulares são transparentes e incolores. Para resolver esta questão foram criadas numerosas técnicas de coloração, pois não existe uma técnica que sozinha evidencie todas as estruturas celulares, já que a constituição química destas estruturas é bastante variável. diversos preparados com sentidos de cortes e colorações diferenciadas devem ser feitos para se conhecer e evidenciar todos os constituintes celulares. 


A coloração se dá pela combinação dos corantes com as proteínas ou outras moléculas orgânicas que constituem as organelas.

A maioria dos corantes comporta-se como base ou ácido.

Os corantes ácidos se combinam com moléculas básicas ou acidófilas. São ácidos os corantes: eosina; orange G e fucsina.

Os corantes básicos se combinam com moléculas ácidas ou basófilas. São básicos os corantes: azul-de-toluidina; azul-de-metileno e hematoxilina.

Referências e Links:

1- RENZI, D. ; SOBREIRA, M. M. ; LIMA, S. M. R. Estratégias Didático-Pedagógicas para o
Ensino da Célula, Governo do Paraná; Programa de Desenvolvimento Educacional; UEL, 2008. Disponível em Dia a Dia Educação. Acesso em 22/02/2010. (não deixe de consultar este material que contém imagens com texto explicativo e demonstrativo de todas as etapas de obtenção de preparados de células animais e vegetais).
2- Aula prática de observação de Mitose (BISSANI; SCHUH; CUNHA, 2009)

Leia também:
Um breve histórico da descoberta da Célula.

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