![]() |
Representação artística do átomo de Hidrogênio |
O Hidrogênio é o elemento químico mais abundante no Universo e está envolvido na produção de energia pelas células que, por exemplo, realizam fase clara da fotossíntese e a fosforilação oxidativa.
Através do transporte de Hidrogênio nas reações de oxidação-redução (ou Redox) ocorre o transporte de elétrons, produzindo um gradiente de concentração de prótons, que promove a síntese do ATP (Adenosina Tri-Fosfato).
As reações redox suprem os seres vivos com a maior parte da energia livre de que necessitam, mas nas células elas dependem da atividade dos carreadores de elétrons.

O NAD (Nicotinamida-Adenina-Dinucleotídeo) e FAD (Flavina-Adenina-Dinocleotídeo) são coenzimas de ampla ocorrência que atuam como “carreadores” de íons hidretos (H- = hidrogênio com um próton e dois elétrons), porque possuem sítios reversíveis de redução (veja o FAD na figura ao lado).
O FAD pode aceitar um ou dois elétrons, produzindo a forma semiquinona FADH ou a forma hidroquinona FADH2. Esta molécula recebeu o nome de flavina porque possui uma cor amarelada, que é brilhante na forma oxidada (FAD) e fica pálida na forma reduzida (FADH2).
As funções metabólicas de carreadores de Hidretos, do NAD e do FAD, exigem que eles possam sofrer redução reversível de maneira a receber e transferir elétrons para outro carreador, regenerando-se para participar de novos ciclos de oxidação e redução.
Observação: O ser humano não é capaz de sintetizar a porção FLAVINA da molécula de FAD, por isso deve obtê-la através da dieta consumindo, por exemplo, a RIBOFLAVINA (vitamina B2). A deficiência de riboflavina é muito rara, mas seus sintomas são inflamação da língua, lesões nos cantos da boca e dermatites, que estão associados com desnutrição generalizada ou dietas não-balanceadas.
Reações Redox: Nessas reações os elétrons (H-) passam de um DOADOR (agente redutor) para um ACEPTOR (agente oxidante).
A figura abaixo representa a oxidação do NADH pelo Complexo I ou NADH-Q oxidorredutase, presente na membrana interna da mitocôndria (Wikipedia).
O potencial de redução (medido em volts) determina a ordem de transferência espontânea de elétrons de uma molécula à outra. Por exemplo, o O2 tem 0,295 V; o Citocromo b tem 0,077; o FAD tem 0,0 V e o Oxalacetato tem -0,166 V. Assim, a tendência espontânea é a transferência de elétrons (hidretos) ocorrer no sentido: Oxalacetato → FAD → Citocromo b → Oxigênio.
Os elétrons fluem espontaneamente dos componentes de baixo para os de alto potencial redutor, porém a ausência de enzimas apropriadas pode aumentar muito o tempo em que estas reações acontecem.
As reações de transferência de elétrons tem enorme importância biológica, porque são elas as responsáveis pela alta produção de ATP na CADEIA RESPIRATÓRIA.
Além de dotar o meio ambiente, desde o início, com a proteção contínua de uma camada de ozônio, a presença precoce do oxigênio livre determina o estabelecimento de um fluxo de elétrons que, deixando os componentes redutores da litosfera, cruzam os mares arqueanos, bombeados pela produção fotolítica de oxigênio na atmosfera terrestre.
Este fluxo é mediado e em grande parte canalizado pelas transições redox dos elementos redox-sensíveis na hidrosfera (figura ao lado). Estas interações ambientais de grande escala ocasionam o desenvolvimento de um metabolismo de base geoquímica em um protoplasma planetário (o holoplasma) criando as pré-condições para a evolução gradual da vida organismal.
Questão para fixação: qual a função metabólica das coenzimas reduzidas?
Bibliografia: VOET, D. ; VOET, J. ; PRATT, J.W. Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre, ARTMED, 2000.
Ajudou Muito, Obrigado ...
ResponderExcluirvaleu demais
ResponderExcluirMUITO BOM