29 agosto, 2009

Generalidades sobre o núcleo celular

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O núcleo é uma organela típica das células eucarióticas. Ele está delimitado por duas unidades de membranas concêntricas, as quais formam a carioteca. Pode ser considerado como o depósito das informações hereditárias na célula, porque no seu interior há uma cariolinfa na qual se encontram as moléculas de DNA associadas às proteínas histônicas formando os cromossomos.

A membrana interna da carioteca está associada a fibras protéicas de esqueleto celular, as quais constituem a lâmina nuclear (veja o Esquema de Poro Nuclear). Nessa lâmina há locais onde os cromossomos se ligam. Essa ligação é específica para cada cromossomo, indicando que sua localização no núcleo não é ao acaso. Além disso, essa ligação dos cromossomos à lâmina basal da carioteca é essencial para realizarem sua autoduplicação.

Outra característica da carioteca é a presença de poros, que se organizam numa estrutura chamada de complexo do poro, cuja função é o transporte seletivo de moléculas para dentro e para fora do núcleo. Nos poros há uma continuidade entre as duas membranas que formam a carioteca. A presença dos poros é essencial para o transporte de certas moléculas, por exemplo, os ions entram no núcleo somente pelos poros, pois as membranas que formam a carioteca são impermeáveis a moléculas carregadas. As moléculas maiores são transportadas ativamente pelos poros, necessitando de energia fornecida pelo ATP (Adenosina-Tri-Fosfato).

O núcleo é, normalmente, a organela mais proeminente da célula eucariótica animal e, em geral, se cora mais intensamente do que o citoplasma. Em preparados histológicos sua coloração não é homogênea, apresentando locais com maior pigmentação (heterocromatina) e outros locais menos corados (eucromatina). Além disso, ele apresenta um ou mais nucléolos que aparecem com coloração mais intensa. Os nucléolos são regiões de síntese do RNA-ribossômico.


CROMOSSOMO X CROMATINA

O termo cromossomo foi, inicialmente, criado para designar o estado mais condensado destas estruturas formadas pela associação entre DNA e Histonas. Ou seja, chamavam-se de cromossomos apenas as estruturas que se tornavam visíveis ao microscópio óptico nas células em divisão, momento em que estão altamente condensados e duplicados.

Nas células que não estão se dividindo o material genético se apresenta na sua forma distendida, que era designada como Cromatina. Porém, atualmente, costuma-se utilizar o termo cromossomo para referência a associação entre DNA e histonas, em qualquer dos seus estágios: tanto na forma tradicional condensada, quanto distendida, quando eles não podem ser individualizados ao microscópio ótico.

Além dos cromossomos se encontram no núcleo uma série de outras moléculas orgânicas como hormônios, proteínas, enzimas e nucleotídeos intimamente relacionados com as atividades dos cromossomos, tais como: transcrição, regulação gênica, duplicação e reparo do DNA. Também se observam as moléculas de RNA, que são formadas no núcleo e exportadas para o citoplasma da célula, onde desempenham suas funções na síntese de proteínas.

Referência bibliográfica:
JUNQUEIRA, Luiz C ; CARNEIRO José. Histologia Básica. 10ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2004.

2 comentários:

  1. "Olá colegas,
    Deixo aqui a divulgação da Primeira Olimpíada Nacional em História do Brasil, iniciativa inédita no país, organizada pelo Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com o apoio do CNPq. A Olimpíada é para escolas públicas e particulares e acontece pela internet, com equipes formadas por estudantes do oitavo e nono anos do ensino fundamental e por estudantes do ensino médio, juntamente com seu professor. As inscrições já estão abertas!
    www.mc.unicamp.br
    Obrigado"

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  2. Anônimo5/4/23

    gracias colla

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