Uma das atrações que mais me encantaram em nossa viagem à Europa em janeiro e fevereiro de 2008 foram os zoológicos, aquários e jardins botânicos, que podem ser considerados museus naturais.

– entrada do Zoológico de Berlim
Visitamos dois zoológicos na Alemanha: o de Colônia e o de Berlim e, em ambos, foi impressionante observar a recriação das condições mais próximas ao ambiente natural das espécies, de modo a deixar os animais à vontade, dando-nos a impressão de que eles não se sentem enjaulados ou enclausurados.

- Uma família de macacos tirando uma soneca em Berlim
Para que isso ocorra, é imprescindível conhecer a fundo a etologia das diferentes espécies, respeitando os aspectos da territorialidade, distância de fuga e alimentação.
As informações sobre territorialidade permitem a destinação de um espaço mínimo, para que as diferentes espécies sintam certa sensação de liberdade, desse modo elas apresentam um comportamento semelhante ao dos indivíduos que habitam reservas.

- Flamingos no Zoo de Colônia
A distância de fuga define a proximidade máxima que os visitantes podem chegar sem assustar os animais. Essa distância varia de espécie para espécie e está relacionada à capacidade que cada uma tem para fugir de um predador. Desse modo, se um animal interpreta que pode fugir ele mantém seu comportamento normal se alimentando ou interagindo com os demais.

– Urso preto se alimentando de insetos em um tronco em Colônia
Quando nos aproximamos do limite da distância de fuga os animais param de comer ou se coçar e colocam sua atenção em nós. Se avançarmos um pouco mais, eles fugirão, mas se não tiverem para onde fugir e se sentirem encurralados, vão nos atacar.

- Leoa em Colônia se sentindo confortável com a proximidade do observador do outro lado do vidro.

– O movimento dos observadores não a perturba, pois já aprendeu que está segura (nessa imagem quem a observa sou eu, que também me sentia segura!)
Os domadores de circo utilizam a estratégia de andar no limite da distância de fuga, fazendo com que os animais se movimentem no picadeiro, porém, tomam muito cuidado para que os tigres ou leões não toquem nas grades para não se sentirem encurralados e não atacarem. Essa é sem dúvida uma profissão de risco.
Outro aspecto essencial é a recriação dos ambientes. Assim muitos dos ambientes são aclimatados para que espécies de regiões tropicais se sintam em casa.

- Pequenas suricatas africanas se aquecem no ninho sob a luz, que imita o sol do deserto do Kalahari, durante o frio inverno alemão.

– Para esta ave marinha é recriado um marzinho com ondas artificiais.
Manter uma dieta adequada é essencial à saúde dos animais, além disso, bem alimentados eles se tornam mais dóceis. Afinal, quem gostaria de enfrentar um gigante mal-humorado?

– Rinoceronte fêmea fazendo uma “boquinha” em Berlim.
A beleza e variedade de espécies que se pode observar e fotografar é fantástica.

– Pato mandarin em Berlim.

– Onça brasileira em Berlim.

– Filhote de hipopótamo africano em Berlim.

– Elefantes africanos em Berlim.
Nestes zoológicos os tratadores dão alimentos aos animais ao longo do tempo de visitação, permitindo que os animais sejam mais facilmente visualizados. Mas em Berlim há um dos animais que, preferencialmente, se coloca diante dos visitantes e é uma das celebridades alemãs, sendo também responsável pelo aumento de visitantes ao Zoológico de Berlim. Estou falando do Knut, que se deixa fotografar, pesca peixes no riacho artificial e come bem em frente ao grande grupo de observadores, que falam, riem e tiram dezenas de fotos.

– Knut acaba de ver um peixe!

– Após a pescaria ele se posiciona diante da platéia para saborear sua presa, enquanto a gralha espera por alguma sobra.
Outro aspecto relevante, são os seus espaços interativos de educação ambiental, onde se pode pesquisar em gavetas a utilização de várias espécies pelo ser humano, bem como conhecer alguns problemas de várias partes da Terra.

- Sala de educação ambiental do Zoológico de Colônia – gaveta com produtos criados a partir do látex de seringueiras.

– Pessoas “ligando” para diferentes partes do Mundo, a fim de se inteirarem dos problemas ambientais.
Visitar estes museus é um programa para um dia inteiro, mas ainda se fica devendo, pois é impossível ver todos os animais com a calma necessária, ou ser observado por eles. Esses locais me deixaram com um gosto de quero mais e vontade de voltar.

– Por vezes, o observado também observa atentamente seu observador (zoo de Colônia).

– Zoológico de Berlim.
Gostei. Nao sabia do conceito de Distância de Fuga. Gostaria de saber mais sobre a foto "pessoas ligando para várias partes do mundo"
ResponderExcluirPaNdre,
ResponderExcluirEste equipamento faz parte dos equipamentos interativos de educação ambientam.
No globo do centro da mesa ha vários pontos assinaldos com números ao lado dos telefones. após escolher um dos locais aperta-se no respectivo número e no telefone ouvimos uma pessoa que se apresenta, descreve o local, com sue problemas ambientais e as medidas usadas para saná-los. Ao final, somos orientados sobre de que forma poderíamos agir para minimizar problemas semelhantes.
Além da escolha do local pode-se escolher o idioma entre alemão ou inglês para ouvir a mensagem.