Ou se reduz o estômago através da complexa e perigosa intervenção cirúrgica, ou naturalmente, mediante a mudança dos padrões de alimentação. Enquanto a cirurgia tem a função de forçar novos hábitos - nem sempre com sucesso, a dieta ecológica trabalha com mudanças voluntárias de longo prazo, que visam redesenhar o perfil da fome através da redução gradual do estômago.
Ao considerarmos o organismo como um ecossistema, nós devemos ter em conta que há um tamanho ideal dos órgãos para eles serem considerados saudáveis. Este tamanho deverá ser proporcional ao corpo como um todo. Hábitos de alimentação equivocados tendem a fazer com que o estômago aumente de tamanho e com isso acabamos por comer excessivamente nas refeições diárias, dificultando, muito, a redução de peso quando ela é necessária para ecologia corporal.
Por este motivo dar este passo é essencial.
PASSO SETE: Reduzir o tamanho do estômago.
Para cumprir esta meta é preciso modificar os hábitos alimentares. Em geral, as pessoas com excesso de peso costumam fazer poucas refeições ao dia concentradas, normalmente, no período noturno. Desse modo, comem com grande apetite pouco antes de descansarem das atribulações diárias. Ou seja, juntam a fome com a vontade de comer e depois se estatelam confortavelmente para realizar alguma atividade lúdica, porém de passividade corporal.
Pela manhã, ao contrário, os mais gordinhos costumam dispensar o café da manhã e assim já começam errado o dia e a dieta ecológica.
Quem quiser reduzir o tamanho do estômago deverá aprender a fazer um maior número de refeições diárias, comendo menos em cada uma delas. O ideal é que o número de refeições por dia seja cinco ou sete e que nestas refeições sejam consumidos alimentos nutritivos e saborosos, mas com pouco volume.
Começar essa mudança de hábitos não é fácil, pois é necessário comer pouco em cada uma das refeições, mas ao final do dia se tiverem sido consumidos alimentos ricos em fibras (como os cereais integrais e grãos), nutritivos (como sementes e proteínas) e vitaminados (como frutas e verduras) nosso organismo se sentirá alimentado, mesmo que após cada uma das refeições fiquemos com vontade de comer mais.
Nos primeiros dias a vontade de comer será maior, mas com o tempo nosso apetite tenderá a diminuir e nos sentiremos mais satisfeitos.
Lembre-se que o passo cinco foi chamado de ATENÇÃO TOTAL, ou seja, as várias refeições que fizermos devem ter nossa dedicação no sentido de não serem feitas junto com outras atividades. Também devemos nos lembrar de comer devagar, dando tempo para o nosso estômago informar ao cérebro que recebeu alimentos.
Não devemos passar fome em nenhuma das refeições, então os lanches entre as refeições devem envolver alimentos nutritivos. Por exemplo: entre o almoço e o jantar é ideal comermos um bom sanduíche de pão integral com recheio de creme de legume (cenoura, moranga, etc) ou queijo de soja mais uma proteína (preferencialmente não utilizar embutidos, mas bifes de algum tipo de carne ou de proteína vegetal) e salada. Para beber utilize um suco ou água, JAMAIS utilize bebidas dietéticas que são adoçadas com edulcorantes artificiais é sempre melhor usar açúcar se queremos adoçar. Também temos que ter em conta que qualquer refrigerante estressa o organismo porque possui muitos aditivos químicos e o estresse engorda.
No jantar devemos preferir refeições com pouca gordura. Cerca de trinta minutos antes das principais refeições podemos comer uma fruta e antes de deitar comer algo bem leve como um iogurte com granola ou uma fruta.
Com um estômago menor não corremos o risco de exagerar em festas onde houver apenas alimentos hipercalóricos, assim poderemos comê-los em pequeníssimas doses, sem culpa e mantendo o peso sem muito esforço.
PS: Reencontrei uma aluna que era obesa, tinha diabetes e hipertensão. Ela fez cirurgia de redução de estômago e retirou parte do duodeno onde ocorre maior absorção de açúcar. Perdeu 43 kg e está ótima com glicose e pressão normais, sem precisar usar remédios. Isso indica que, para alguns casos, a intervenção cirúrgica é essencial. Porém, quem conseguir reduzir o estômago em função de uma reeducação alimentar correrá menos riscos de adquirir sequelas.
Adorei o seu artigo. Extremamente informativo e claro. Vou usar as coisas que aprendi nele para mudar meus hábitos alimentares. Obrigado!
ResponderExcluirLeo,
ResponderExcluirFico feliz em poder ajudar, pois entre os 18 e 22 anos de idade eu sofri muito com a obesidade. As informações que tenho passado são frutos da vivência pessoal e da minha formação como Bióloga. Essas mudanças de hábitos que proponho renderam resultados concretos no passado. Atualmente estou fazendo adaptações em função das mudanças hormonais da menopausa, que ocasioanm aumento de peso e de apetite, mas os ajustes foram pequenos e já estão dando resultados, sobre os quais vou escrever oportunamente.
Gladis F. Cunha