09 novembro, 2007

Diferenças entre piano acústico e digital

Comparar instrumentos acústicos e digitais não tem validade para os especialistas, no entanto os leigos confundem os dois e até entendem erroneamente que o piano digital veio substituir o velho piano de madeira.


Para quem é “bom de ouvido”, a questão nem existe, para os leigos é tão difícil perceber a diferença, que o senso comum até pode suspeitar da superioridade ou equivalência do piano digital ao acústico. Para esclarecer convincentemente a questão é necessário remontar ao modo como o som é produzido. O piano tradicional é um instrumento percussivo, onde o som é produzido batendo-se um martelo de madeira envolvido em feltro contra uma corda de aço. Porém o som da corda é débil demais para preencher o espaço de uma sala, tornando-se necessário recorrer a um aparato que reverbere e projete o som ao ambiente. 

Os pianos são dotados de uma tábua localizada abaixo das cordas que vibra quando uma nota é percutida e projeta o som para o espaço circundante, a tábua harmônica. Quem ouve um piano,está ouvindo a tábua harmônica vibrando, é ela a essência do piano.


Outra característica fundamental do piano acústico é a sua capacidade de propagar sons em freqüências múltiplas(harmônicos). Quando o pedal de sustentação está acionado (onde os abafadores são liberados das cordas) e se percute a nota dó, pelas relações físicas de empatia existentes entre as cordas livres, (descobertas por Pitágoras em suas pesquisas como o monocórdio), o dó tocado será ecoado em notas mais agudas, mas com volume bem menor, na própria corda que o produziu, em várias agudas e graves. Desta forma, um ouvido treinado ouvirá a série harmônica repercutindo pelas outras cordas como o dó uma oitava acima, depois mi, depois o dó outra oitava acima, depois mi, sol, si bemol, etc. Apesar do ouvido consiguir perceber com acurácia muitas coisas além do quarto harmônico, sentirá um “volume” sonoro sem equivalência no piano digital.

Produção do som digital
Os primeiros teclados eletrônicos musicais tinham o seu som inteiramente sintetizado, ou seja, eram dotados de osciladores eletrônicos que produziam ondas quadradas, serrilhadas, etc. Assim, um conjunto de osciladores em que os parâmetros de altura, freqüência, ataque, gatilho, eram mudados, determinaram o timbre característico padrão de certos tipos de música popular dos anos 70. Contudo, os avanços eletrônicos tornam hoje as primeiras produções inteiramente sintetizadas “démodé”, tais como “Bermuda Triangle” do japonês Isao Tomita e “Switched on Bach” de Walter Carlos, que também foi o arranjador do famoso filme de Stanley Kubrick, “Laranja Mecânica”.

Em suas interpretações eles empregaram os sintetizadores musicais pioneiros “Moog”, com resultados que, mesmo tendo feito as cabeças da década de 70, são ultrapassadas aos ouvidos de hoje, acostumados com os sons de instrumentos reais, mesmo que recriados eletronicamente pelo processo de sampleamento.

Depois do fracasso dos sons sintetizados, o mercado fonográfico percebeu que os sons mais agradáveis ao ouvido humano continuavam sendo os produzidos pelos materiais tradicionais. Então a sofisticação informática permitiu copiá-los integralmente. Assim nasceu o “sampling”, que é a obtenção de amostragens de sons reais, posteriormente armazenados nas memórias dos teclados. Uma nota ouvida no piano digital não passa de um pedacinho de som gravado de um piano “de verdade”. Cada vez que uma tecla é pressionada, o som gravado estúdio é reproduzido, na tentativa de enganar o ouvido.

Porém, por ser um instrumento que não tem cordas, nem tábua armônica, nem caixa de ressonância, o piano digital também não tem no seu espectro sonoro a riqueza harmônica que os aparatos acústicos têm. A nota soando é apenas aquela nota e não reverbera com nenhuma outra. Alguns sofisticados modelos de pianos digitais, do topo da linha Clavinova da Yamaha, possuem em seu sistema algoritmos que simulam a empatia ressonante acima mencionada, para dar a sensação de “som cheio” ao ouvido.

Os níveis de pressão das teclas do piano acústico
O piano moderno herdou do ancestral piano-forte a característica da produção de um largo espectro de intensidade de sons, desde o débil pianíssimo até o fortíssimo, capaz de rivalizar com a fanfarra de uma orquestra inteira. Entre os dois níveis extremos, existem inúmeros outros possíveis de intensidades que estarão diretamente ligados à habilidade do intérprete em dosar adequadamente a pressão dos dedos e à sensibilidade mecânica do mecanismo do teclado do piano, capaz de responder adequadamente às modulações requeridas pelo desejo do pianista.
No entanto, a capacidade de produzir uma gama de intensidades de sons não determina a totalidade da riqueza sonora possível. Há de se observar que ao variar a intensidade, a “cor” do som também sofre modificações, fazendo com que os sons mais baixos sejam mais aveludados e os fortes mais estridentes.

Dependendo de como a corda é percutida, o timbre pode ser sutilmente modificado para que o intérprete possa realizar efeitos sonoros tão necessários à realização das suas convicções musicais. Assim, é possível através da modulação adequada da força aplicada às teclas, combinada ao uso intensivo do pedal abafador e de sustentação, a obtenção de efeitos de harpa, violoncelo, viola, carrilhão, etc. A pianista brasileira Guiomar Novaes(MP3 no final do texto) soube extrair com maestria tais efeitos. Experimente ouvir a gravação do seu Prelúdio para Órgão em sol menor(BWV 535) de J.S. Bach transcrito para piano por Th. Szántó/A. Siloti, e confire o próprio milagre da ação do domínio completo sobre o instrumento, que não obstante suas severas limitações expressivas, pode magicamente soar como se o executante estivesse interferindo na afinação das notas (impossível no piano, por ser um instrumento temperado).

Os níveis de pressão das teclas do piano digital
A tecnologia avançou na construção dos mecanismos dos teclados e dotou-os de sensibilidade, ou seja da capacidade de modulação de intensidade de som de acordo com força exercida pelos dedos. Porém, como o piano digital é baseado em estados estanques, o número de possibilidades de intensidades praticamente se reduz a três e nos mais sofisticados a quatro níveis. Assim as possibilidades de sons ficam reduzidas a fracos, médios e fortes, sem haver contudo diferenças contrastantes muito significativas entre o som mais débil e o mais forte.
Mas as diferenças não ficam apenas no número de intensidades possíveis, há também a questão do timbre próprio de cada uma delas. Nos pianos digitais mais baratos, os fabricantes fazem as notas usando uma pressão média sobre as teclas do piano original, recriando a dinâmica através de circuitos que aumentam ou diminuem a intensidade da gravação. Nos pianos digitais mais sofisticados, as gravações são feitas em multicamadas, onde o som de cada tecla é gravado em várias intensidades de pressão, fazendo com que o ouvido sinta a corda sendo percutida. São os chamados “layers” de “sampling” que vão recriar digitalmente as possibilidades de modulação dos pianos acústicos, sendo que a riqueza e adequação sonora de cada nível será diretamente proporcional à qualidade do piano modelo e ao processo de gravação empregado na obtenção das notas.

Conclusão
Rigorosamente não há como comparar pianos digitais e acústicos. O primeiro imita o segundo, mal imitado mas gozando da vantagem de transportabilidade e tamanho. Desta forma, o piano digital terá sempre o seu nicho de aplicação na música popular, por sua menor exigência de dinâmica e riqueza timbrística.

Já para a música erudita, os pianos digitais se revelam insuficientes para reproduzir até mesmo as obras mais simples. Apesar das suas vantagens de tamanho, peso e praticidade, nenhum aluno de piano pode com sucesso desabrochar uma técnica pianística de algum valor, estudando exclusivamente num piano digital. É preferível ter um sofrível piano acústico de armário em casa, a um excelente piano digital. Os anos de estudo provarão que o aluno treinado num piano acústico verá desabrochar a sua sensibilidade auditiva e “finesse” no controle mecânico do teclado, enquanto que as limitações do mecanismo e a uniformidade dos sons sampleados do piano digital inibirão o desenvolvimento da plenitude da técnica pianística.

Guiomar Novaes, piano, interpreta a transcrição do prelúdio de J.S. Bach para Órgão em sol maior ->>> DOWNLOAD MP3 AQUI

Por: Isaias Malta

29 comentários:

  1. Anônimo17/10/08

    Ótima explanação!!! Sintetiza perfeitamente e conclui melhor ainda com o link para gravação da imortal Guiomar.

    Carlos Gustavo Kersten

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  2. Anônimo16/2/09

    Excelente artigo.
    Obrigado.

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  3. Anônimo18/3/10

    Meu caro Isaias Mota.
    Meus parabens por esta sua matéria.
    Sou alguem totalmente leigo e consegui captar todas as incompatibilidades entre esses dois instrumentos (Agora posso entender que são duas classes de instrumentos completamente diferentes embora tenham o mesmo nome)
    Muito obrigado.
    César de Oliveira Affonso

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  4. Anônimo17/5/10

    Gostaria de saber quais as referencias que você usou para fazer este artigo...pois estou fazendo uma pesquisa sobre ate que ponto o piano digital pode ser util no estudo do piano e não achei muitas bibliografias....
    Espero que possa me ajudar...
    Ane.

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  5. Anônimo18/5/10

    As referências do artigo são baseadas na minha experiência de estudioso e estudante de piano e nas impressões da minha professora de piano. O piano digital deve ser considerado um "quebra galho" para o estudo, mas nunca um instrumento capaz de desenvolver a técnica pianística.
    A questão é tão complexa, que o próprio piano de armário tem um efeito limitado sobre o estudo, servindo para os primeiros 6 ou 7 anos. Doravante, o estudo avançado exige a mecânica mais sensível e responsiva dos pianos de cauda.

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  6. Anônimo18/9/10

    Linda explanação! Todos, pianos clássicos ou digitais, servem à música e ao espírito, de forma, claro, diferente.

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  7. rcadesign4/11/10

    Parebens, exelente explicação eu sempre percebia a diferença mas nunca conseguiria explicar desta forma...

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  8. Isaias,
    Tenho um teclado que comprei há 2 anos e era autodidata. Agora, que me vejo total e completamente apaixonada pela arte e som das teclas estou iniciando nos estudos de piano. Já após minha segunda aula percebo que o teclado não me serve nem ao menos para estudar em casa.
    .
    Seu artigo, de excelente qualidade, me fez decidir por comprar o piano acústico ao invés do digital.
    Muito obrigada, mesmo

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  9. Rê,
    uma excelente decisão, já que através do piano digital você não teria grandes vantagens em relação ao teclado, exceto o número de oitavas.

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  10. Fiz um post em meu blog i9ArtDesign indicando este seu post. Veja clicando em Rê (i9 ArtDesign), acima
    .
    Abraços

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  11. Caro Isaias.

    Excelente post. Esclareceu várias dúvidas. Já tinham me dito que a diferença entre um piano digital e um elétrico é a mesma de um violão para uma guitarra. Pela sua explicação, vejo que essa diferenciação está equivocada, pois o som da guitarra também é "analógico", e não digital.

    Minha filhinha de 11 anos está iniciando os estudos de piano (2a aulinha). Na verdade nem sei se ela vai gostar e continuar. Por isso, estou em dúvida sobre comprar o piano acústico, o piano digital ou o teclado para ela treinar. Sua explanação me trouxe alguma teoria sobre o assunto.

    Por falar nisso, você tem algum post ou alguma sugestão sobre essa decisão?


    Obrigado,
    Maurício.

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  12. Maurício,
    não vejo nenhum problema dela iniciar os estudos num teclado e isto pode se estender por 3, 4, 5 anos. Eu mesmo continuo estudando num teclado Yamaha de 6 oitavas (DG-300), concomitante com o piano acústico.
    Quando for comprar piano, compre um acústico, não caia na besteira do digital, pois além do problema dos timbres, para dar a noção de peso nas teclas, eles projetam mecanismos muito pesados. Estes instrumentos (pianos digitais com peso) são completamente inúteis e prejudiciais para o desenvolvimento da técnica pianística.

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  13. Anônimo31/3/11

    Meus filhos de 7 (menino) e 5 (menina), estão iniciando o curso de piano. Estão gostando mas estão apenas no início. Você sugere a compra de um piano acustico para eles ? vertical?

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  14. É uma boa pergunta. O ideal seria eles conseguirem estudar num piano acústico, porém, será que vão ter continuidade nos estudos?
    Caso você decida dar um piano, tem que estar preparado para o fato deles desistirem e, mais ainda, de não pressioná-los pelo fato de terem ganhado um piano.
    De qualquer maneira, acho que eles poderiam perfeitamente estudar num teclado ao menos por uns três anos antes de mostrar merecimento e persistência para ganhar um piano de verdade.
    Meu outro artigo discorre sobre as diferenças entre piano acústico e digital: http://www.blogpaedia.com.br/2011/03/porque-os-pianos-digitais-sao-uma-bomba.html

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  15. Caro Isaias,

    Considero a sua explicação um tanto quanto limitada analisando a tecnologia atual, não quero me contrapor a conclusão em si, mas sim ao caminho lógico que você seguiu.

    Hoje tenho uma vivência de pelo menos 20 anos com esse instrumento maravilhoso que é o piano, em meus 12 anos de estudo com professores particulares e no conservatório, sempre tive a oportunidade de praticar e me apresentar em piano acústicos.

    A 6 anos optei por adiquirir um piano digital (possuo um Roland RD-300GX) para poder praticar sem incomodar os outros, e posso afirmar que meu piano digital possui uma sonoridade muito superior que meu piano acústico.

    Isso se deve primordialmente a tecnologia, que utiliza samples para gerar o som, isto é, todos os sons do meu piano foram gravados com qualidade digital de instrumentos acústicos verdadeiros em diferentes velocidades, pressões, graus abertura, etc. conferindo um som ao meu instrumento digital fidedigno ao de um piano de concerto (comparando num nível de gravação digital).

    Obviamente a escolha de um estudante em comprar um piano acústico não se deve ser exclusivamente ao som, sinceramente, penso que o timbre é o que menos importa ao estudante. As duas principais diferenças entre os instrumentos são:
    • O repucho do teclado. Se engana o praticante que pensa que a agilidade está vinculada a velocidade em que seus dedos se mechem, pois como muitos estudiosos do instrumento ja avaliaram que a agilidade de um pianista, é o efeito mecânico de se aproveitar da energia que o piano te devolve ao pressionar uma tecla, conduzindo esta energia através o punho para a próxima tecla. Apesar do piano digital (o meu incluso) já possuir um sistema que procura simular esse efeito, ainda há muita diferença pelo fato que você não atinge uma corda que vibra numa senoidal e sim numa superficie macia que absorve parte força exercida.
    • A falta de controle da técnica do meio-pedal, ja que o piano acústico você tem um controle absoluto de cada milimetro que o abafador se afasta ou se aproxima da corda. Isso prejudica muito na hora de tocar musicas que possuem um tempo mais rapido, mas nada que com uma técnica mais especifica pro instrumento digital não consiga simular (meu instrumento digital também possui meio-pedal mas sem tanta precisão)

    O primeiro item é que o considero mais relevante na escolha, pois o pianista deve exercer uma determinada força para efetivamente mover o conjunto mecânico que transfere a força da tecla ao martelo para a corda. Com isso o instrumento acústico se torna mais "pesado" fazendo com que a musculatura do praticante se desenvolva mais do que num piano mais macio como o digital.

    Para quem não possui um controle dos dedos considero isso o principal erro, afinal vai demorar mais para se ter um controle motriz fino das mãos. Então afirmo que nos primeiros anos o aluno deve praticar exclusivamente em instrumentos acústicos e depois de desenvolvida a técnica correta partir para um instrumento digital.

    Abs,

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  16. Edson,

    obrigada pelo comentário, ele enriquece bastante a postagem.

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  17. Caro Edson Hilios,
    tenho radicalizado cada vez mais a minha opinião sobre os pianos digitais, que à princípio nem deveriam ser chamados de pianos porque não são.
    Acho que são uma espécie de lixo útil para suprir carências de espaço, reclamações de vizinhos, portabilidade, custo, etc.
    Jamais, digo jamais, um dito piano digital vai chegar nas unhas de um piano de cauda meia-boca.
    Reconheço que como muitas pessoas não teriam condições de ter/estudar num piano acústico horizontal, é infinitamente melhor que elas estudem no que for possível.

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  18. Andre Costa17/8/12

    Caro Isaias Malta,

    Concordo parciamente com sua opinião,primeiro eles não são chamados de "piano" e sim " piano digital" ,sendo assim,um nome bem adequado para estes instrumentos que não são simples teclados pois tem as 7 oitavas do piano acústico juntamente com sistema de peso de teclas.
    segundo que jamais diga nunca ,pois a tecnologia de hoje faz o que era impossível na decada de 70 por exemplo, vc não tem como prever a tecnologia de amanhã,possa ser que exista pianos digitais tão proximos que até mesmo mozart não consiga distingui-los de um acústico de cauda.
    Quanto ao estudo na minha opinião os pianos digitais dão conta do recado, claro que para apresentação em orquestra eles tem um longo caminho pela frente mas como falei no paragrafo anterior,nunca diga nunca.

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    1. Andre,
      o movimento que está ocorrendo é os equipamentos digitais high-end se aproximarem das características dos acústicos, a exemplo dos pianos Avant Grand Hybrid. Agora, se você prestar atenção, o custo deles supera em muito os bons pianos de cauda convencionais.

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    2. Andre Costa2/10/12

      Caro Isaias,

      Neste caso é claro que é preferível um piano de cauda convencional ou mesmo um piano vertical, mas vc não acha que um piano digital com 7 oitavas e teclas pesadas é muito melhor que um simples teclado para quem esta iniciando no piano, mesmo que erudito ,caso não tenha alternativa de pegar um piano acustico?

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  19. Se Piano-Forte trás em si, até no próprio nome, o que diferencia um piano de um cravo, então um piano digital que permite a variação das intensidades também é um piano-forte digital. Se o som é igual ou diferente, mais rico ou mais pobre em harmônicos, daí isso é a diferença entre o digital e o convencional. A sensibilidade de um artista não se desenvolve apenas tocando, mas muito mais ouvindo e isso certamente libertaria um pianista digital de estar fadado à baixa sensibilidade só porque não tem um piano convencional. Eu sou defensor ferrenho dos instrumentos convencionais e de suas características básicas, mas acho que o piano digital é o instrumento eletrônico que mais conseguiu se aproximar do convencional e não consigo enxergar o abismo que você descreve. Também acho que ao radicalizar em exagero nas suas colocações finais, acaba por colocar em cheque seu artigo. No mais, quero que saiba que respeito sua opinião e seu esforço em postar tal artigo.

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    1. Os estudantes de piano clássico que conheço, que começaram em teclados ou pianos digitais, acabaram sentindo necessidade de um piano acústico.

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  20. Anônimo6/2/16

    O software pianoteq supera essas limitações, pois não usa sampleagem de sons.

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  21. olá a todos,,,antes de mais nada não é Acustio e sim acustico corrige lá.... o Blogpaedia, aliás um excelente blog sobre piano INSISTE em afirmar que o piano digital não reproduz a realidade! Verdade e Mentira! porque nesta vida tudo é relativo, vou responder com um exemplo, um piloto de F1 pilotando um opala 6 cilindros, versus EU pilotando um F1, quem chega na frete? o piloto de F1 porque a Maquina vai responder ao TOQUE do piloto,,,,,um piano digital BEM tocado seja erudito ou jazz, é melhor do que um de cauda da melhor marca tocado por um pianista fraco... metade do som quem produz é o PIANISTA oras! creio que essa sutil diferença do digital para o "caudal" (inventei agora) é discutir o sexo dos anjos,,, pega um piano de cauda digital de Yamaha por ex., bota no palco, mas não conta pra ninguém que é digital, e eu quero ver quem vai dizer que é digital ou caudal? ou então o meu ouvido de pianista é muito ruim,,, 66 anos, comecei a estudar aos 9... fiquei alguns anos sem tocar,mas SOU velho mas não sou surdo, nem burro coo dizia aquela propaganda rsrsrsr só pra descontrair.....Paulo48

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    1. Ok corrigido! Acho que a diferença, no caso desta postagem é comparar os dois tipos de piano tocados pela mesma pessoa. A ideia aqui é que um estudante que possa optar escolha comprar um piano acústico. Há bons pianos acústicos usados que custam o mesmo que um piano digital. Neste caso, a melhor opção será sempre estudar no acústico.

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    2. Oi Gladis Franck, você tem nome de marca de piano alemão! ok concordo, mesmo pianista, MAS...continuo, e o nível do pianista? estamos no Brasil onde a maioria não tem dinheiro nem para pagar a conta da água ou estamos na Alemanha? ou este blog é só para milionários que podem comprar um Bosendorfer folheado a ouro? Sem tocar na questão espaço, precisa afinar, peso, transporte, etc.. Então eu ainda acho que para o ouvido de pianista nível médio um piano digital vai muito bem, isso de diferenciar o som é para os GRANDES VIRTUOSOS, (somos todos virtosos?) melhor um digital bom com preço idem do que um piano acústico de cauda ruim e caro. Lembra do filme Familia buscapé? a família almoçava na mesa de sinuca K K K se eu comprar um piano de cauda inteira ou eu vou almoçar nele ou dormir em cima por falta de espaço... chega de polêmica, "cada um no seu quadrado" o negócio e dar risada, (eu ajudo) vamos assistir a japonesa doida que levou um choque de 380 volts (olha o cabelo dela) sentou no piano e tocou o Tom & Jerry https://www.youtube.com/watch?v=-HcKrd3K8_A

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    3. Lotus,

      Quando trocamos nosso piano, vendemos o nosso usado "de armário" acústico por R$ 3.000,00. Ele tinha um timbre delicioso e o teclado era ótimo. Acho que investir este valor não é coisa para milionário, é bem acessível! Por tal motivo insisto que se a pessoa tiver opção escolha um acústico, não precisa ser de cauda, tem ótimos pianos de armário usados em boas condições e preços acessíveis.

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  22. Continuando, não sei se pode colocar um link aqui para um vídeo no youtube onde se pode ver e ouvir uma comparação Casio Celviano AP 450 x Grand Piano "caudal" a marca do piano não aparece,,, pianista dirk ebersbach Versus natalia posnova
    naturalmente que seria interessante e mais real ouvir in loco e não via PC,,,mas... vídeo tem 4 minuto até 2:48 é a descrição, etc., depois a comparação....nome é CASIO AiR - Digital Piano vs. Acoustic Grand Piano https://www.youtube.com/watch?v=ENliynLPfrE

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  23. Olá Gladis, mandei uma mensagem via CONTATOS, recebeu? aqui eu sei que vc vai ler,,, paulo "escutaissocara" blog... se não recebeu me contate via esse blog...

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