Não basta abandonar os moderadores, é preciso compreender as razões da fome de elefante, que passa pelo combate à subnutrição provocada pela ingesta de alimentos pobres em fibras e vitaminas
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Após abandonar os moderadores de apetite temos a necessidade de diminuir a fome fisiológica. Para isto, comer sem culpa é fundamental! As pessoas sentem fomes de tamanhos diferentes tudo depende do contexto fisiológico de cada corpo e dos alimentos que ingerimos.
Precisamos descobrir quais são as necessidades do nosso corpo e isto não é uma questão matemática, bem pode até ser mas não é algo que possa ser padronizado para toda a espécie humana, pois a capacidade de extrair a quantidade de nutrientes necessários para o organismo varia de indivíduo para indivíduo. Nem todos temos as mesmas enzimas em iguais quantidades e estas diferenças podem ser constatadas indiretamente através das preferências alimentares.
Eu pessoalmente adoro frutas como manga e banana, mas há quem se sinta muito mal ao comê-las. Já melancia é uma fruta que devo comer com muita parcimônia, caso contrário, sinto uma dor de cabeça horrível, assim desta fruta eu só como uma fatia pequena, uma ou duas vezes ao ano. Minha irmã pode comer uma melancia inteira sem se sentir mal, indicando que algumas variações são observadas mesmo entre pessoas com uma herança genética bastante similar. Logo, saber o que devemos comer é uma descoberta pessoal a partir de algumas regras básicas que estou discutindo através dos passos da dieta ecológica.
Para descobrir nossa dieta ideal precisamos começar pelo passo quatro.
PASSO QUATRO: Jamais se guie pelas tabelas de valores calóricos dos alimentos! As calorias de um alimento são uma medida relativa e não absoluta, pois nunca assimilamos os alimentos sem um certo gasto de energia e algumas vezes um alimento mais calórico consome muito mais energia no seu processo de digestão do que um alimento menos calórico e no final das contas o mais poderá virar menos e o menos poderá virar mais! Complexo não?
O ideal é escolher alimentos mais nutritivos e ricos em fibras, mesmo que sejam mais calóricos, pois são estes alimentos que conseguem ‘matar’ a fome fisiológica, nutrindo melhor o organismo e desencadeando um processo de digestão mais lento. Desse jeito deixamos de viver para comer e começamos a comer para viver, uma vez que, ao não sentirmos mais fome, podemos nos dedicar a atividades mais construtivas, que nos tornam pessoas agradáveis de se conviver.
Como tenho ressaltado, nem todo mundo pode atingir uma forma padrão de corpo, mas as diferentes formas possuem diferentes belezas a serem exploradas. Parte dessa beleza está na sociabilidade, pessoas bem-humoradas e cultas são cercadas por amigos e amigas.
Por estes motivos não podemos nos tornar do tipo matematizadas ou matematizados em números de calorias e porções dos alimentos, para que as pessoas não fujam de nós. Precisamos é ter um papo interessante e inteligente, de preferência devemos ser capazes de dar boas risadas, porque, sendo assim, as pessoas quererão compartilhar seu tempo conosco.Um bom exemplo é a Nicete Bruno, que sempre foi fofinha e tem um marido apaixonado há mais de cinqüenta anos e olha que ao conhecê-la ele era muito gato!
O tempo de vida se for sendo preenchido com uma cultura elaborada é um atrativo maior do que a beleza estética padronizada socialmente mas desprovida de conteúdo. Entretanto não dá para ser feliz passando fome e nem comendo o tempo todo e engordando desenfreadamente!
Por isso nós devemos fazer uma dieta ecológica que nos remeta a um estado de equilíbrio. Os próximos passos a serem dados vão no sentido do combate à fome fisiológica e ao comer desenfreado. Por hora, liberte-se das tabelas de calorias e das tabelas de pesos e medidas “ideais”, pois ninguém melhor que seu corpo saberá qual é seu peso de equilíbrio e nada além de sua alegria de viver, conversa interessante e a autoconfiança serão mais atraentes, o resto são adereços.
Somente hoje 02/09/2011, tive oportunidade de ler tão boa materia,parabens.
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