A adoção recente do sal na história da culinária não foi por nutrição, mas pelo prazer, e como todo o prazer, participa coadjuvantemente de uma extensa gama de efeitos colaterais: desde a síndrome das doenças cardio-vasculares até a obesidade.
Em dietas de redução de peso sempre há a recomendação de “eliminar os doces”, mas nada se escuta sobre o sal, como se ele não fosse muito importante, mas este é um grande equívoco! Até mesmo o ícone do pouco comer são as “bolachas de água e sal”. Dizem os médicos que elas são pouco eficientes para a perda de peso porque não possuem apenas água e sal, mas têm farinha, um carboidrato. Mas seu grande vilão é mesmo o sal.
Vou seguir pela contra-mão do senso comum e ressaltar a necessidade de redução DRÁSTICA do sal.
PASSO SEIS: Combatendo o sal.
Embora não se dê muita atenção o sal pode se constituir num grave componente de estresse ao organismo, pois para nossas células funcionarem elas necessitam de um micro-ambiente onde há vários sais dissolvidos formando diferentes íons. A concentração de cada íon é específica e deve haver um equilíbrio entre eles. Dentro das células deve haver uma concentração maior de potássio enquanto fora a concentração de sódio deve ser maior. Quase trinta por cento da energia gasta pelas células diariamente é direcionada para manter este balanço entre o sódio(fora) e o potássio(dentro).
Ao acrescentarmos sal aos alimentos aumentamos o trabalho das células e, conseqüentemente, seu estresse. Desse modo dificultamos o equilíbrio do nosso ecossistema corpo, que diante de “toxidez” do excesso de sal vai reter mais tecido adiposo, a fim de reter líquidos e tentar equilibrar o grande excedente do sódio em relação ao potássio. Todavia as conseqüências não acabam por aí pois os rins são sobrecarregados e a pressão arterial tende a subir também.
Portanto o “tempero” do sal é um empecilho ao equilíbrio do ecossistema corpo e uma barreira à dieta ecológica.
Eu passei a utilizar alimentos integrais quando comecei a almoçar num restaurante macrobiótico em Porto Alegre (hoje ele não existe mais). Lá além dos grãos não serem refinados, quase não era usado sal. A princípio estranhei o sabor ou o que eu chamava de falta de sabor dos alimentos, mas com o tempo meu paladar foi se refinando e passei a sentir melhor o gosto de tudo. Além disso, usando menos sal passei a sentir menor necessidade de consumir alimentos açucarados. Segundo as teorias macrobióticas isso se deve ao maior equilíbrio entre o Ying/Yang.
Os seja, que pretende reduzir a ingestão de doces sem grandes sofrimentos deve, NECESSARIAMENTE, reduzir drasticamente a ingestão de sal e esse é sexto passo da dieta ecológica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário